Crônica

Um conto de Natal

Um conto de Natal

O filho mais novo acredita em Papai Noel. O filho do meio acredita que vai ganhar um videogame de última geração de presente. O filho mais velho acredita que vai conseguir sair cedo da ceia para encontrar a namorada. A mãe acredita que tem que encher todos os pratos da ceia de uvas-passas.

Última oportunidade do ano para se fazer merda

Última oportunidade do ano para se fazer merda

Anda! Me ama! Me alimenta! Me enlaça! A graça está mesmo no ingresso das línguas pelos vincos das palavras. Engraçado: apesar de tudo, sinto-me triste. Livros. Trago-te livros. Larvas. Escuto larvas que se movimentam na tessitura cadavérica da lavra de um poeta que fui. “La mer! La mer!”. A merda do francês que nunca aprendi antes de morrer na praia. Trago-te também a minha mais completa ignorância, o mórbido vapor do cigarro que torna o meu beijo ainda mais saburroso.

As meias verdades

As meias verdades

Eu gosto de assistir a debates sérios em canais de Jornalismo, aqueles em que os jornalistas ficam lá sentados falando sobre política, economia, justiça e outros temas que eles dizem ser relevantes a gente acredita.  Nesses debates os jornalistas desfilam tudo o que sabem, revelam que consultaram suas fontes, que nunca sabemos quem são e se são mesmo confiáveis, mas que sabem tudo sobre tudo.

Caetano Veloso se encontra com Paulo Vanzolini na esquina das avenidas Ipiranga e São João

Caetano Veloso se encontra com Paulo Vanzolini na esquina das avenidas Ipiranga e São João

Caetano Veloso se encontrou com Paulo Vanzolini na esquina das Avenidas Ipiranga e São João. São Paulo é uma cidade que provoca os mais diversos sentimentos nas pessoas: amor, ódio, medo, estranhamento, ansiedade etc. O paulistano Paulo Vanzolini, doutor em zoologia e compositor ocasional, era um saudosista e lembrava-se da cidade antes de ela se tornar o gigante atual: “A lembrança que eu tenho de São Paulo é de uma paz completa.

O futebol visto pelo buraco da fechadura Foto / Arquivo Público de São Paulo

O futebol visto pelo buraco da fechadura

Peço licença ao leitor para transportá-lo a um Brasil que já não existe mais. É 1955. Kubitschek é eleito presidente. Einstein acabou de morrer. Como todo mundo, você fuma um cigarro atrás do outro sem peso na consciência. E como todo mundo, você ainda tem na memória a derrota para o Uruguai na Copa de 50 que destruiu a autoestima da sua pátria. O ano já está terminando, é novembro.