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A casa e a grande reforma – II

A casa e a grande reforma – II

Tem sido uma loucura. O planejamento é crucial, mas não só. Desde o elementar, o desenho da casa, a mão-de-obra, o acompanhamento e a… paciência ponderada redobrada. Financeiramente eu identifiquei quatro etapas. A primeira é o que você acha que consegue gastar. A segunda é o que o projeto diz que você deve gastar. A terceira é a que você vai precisar gastar. E a quarta etapa é a pior, e a que estou nesse momento, é a “putaquepariu de onde eu vou tirar dinheiro para finalizar essa obra dignamente”?

Sem tempo para sentir

Sem tempo para sentir

Quando digo — e escrevo — que a humanidade não tem jeito, a reação das pessoas é variável. Muitos torcem o nariz, retrucam que estou exagerando, que a natureza do ser humano, regra geral, é boa. Outros, impacientes, acusam-me de pedantismo, de pessimismo, de falta de Deus no coração ou de Prozac na cabeça. A minoria cala, pensa e me dá ouvidos; consola e admite que a situação é, sim, degradante, mas, apesar das profundas dificuldades, sustenta ser necessário perseverar nos esforços de diminuir a injustiça e a desigualdade social que são, em essência, a origem de todos os males que assolam a humanidade.

Marçal Aquino e Patrícia Melo narram o desmanche brasileiro Adriano Heitmann / Companhia das Letras

Marçal Aquino e Patrícia Melo narram o desmanche brasileiro

Em momentos das últimas décadas, surgiu a ideia de que o Brasil atravessava um período de desmanche. A violência urbana passou a dar o tom das imagens, narrativas e até dos sons. Pintou nas telas de cinema, livros e discos uma sociedade aterradora. Nesse caldo cultural, se destaca a produção ficcional de Marçal Aquino e Patrícia Melo. Ambos dialogam com a linguagem cinematográfica, e a novidade veio da escrita ágil, urgente e muito precisa ao captar uma realidade traumática do país.

Os influenciadores que influenciam

Os influenciadores que influenciam

Todo artista foi influenciado por alguém, mesmo pessoas de profissões que não são do ramo artístico tem as suas influências. É claro que eu fui influenciado por vários humoristas. Sempre que me perguntaram quais eram as minhas influências eu falei de Monty Python, Woody Allen, Mel Brooks, da galera do Pasquim, Millôr Fernandes, Jaguar, Ziraldo, Stanislaw Ponte Preta, que todos esses caras me influenciaram. Mas apesar de terem me influenciado e terem influenciado a muitos outros humoristas, nenhum deles se dizia influenciador.

Eva descobre que ser mãe é padecer

Eva descobre que ser mãe é padecer

O que “Ligações Perigosas”, de Chordelos de Laclos, tem a ver com “Precisamos Falar Sobre o Kevin”, de Lionel Shriver? São romances epistolares, que se desenrolam por meio de cartas, adaptados para o cinema. Stephen Frears e Milos Forman trouxeram Laclos para os tempos modernos. O filme de Lynne Ramsay ganhou mais notoriedade do que o livro de Shriver. A ponto de se tornar a primeira referência do título.