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Entrevista póstuma com Nelson Rodrigues Foto / Arquivo Público de São Paulo

Entrevista póstuma com Nelson Rodrigues

Nelson Falcão Rodrigues foi um dos maiores escritores e dramaturgos da história do Brasil. Nasceu em Recife em 1912 e mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1916, onde retratou como ninguém as “sombras interiores” das famílias da classe média carioca. Ao longo de sua carreira, escreveu dezessete peças (várias das quais viraram filmes), além de romances de folhetim e um sem-número de contos e crônicas. Morreu em 1980. Depois de muitas tentativas — e não sem a ajuda de alguns contatos do além —, consegui enfim arranjar uma entrevista com o mítico escritor. A seguir, relato todo o episódio em detalhes.

Bula de Livro: Precoce, de Ariana Harwicz

Bula de Livro: Precoce, de Ariana Harwicz

“Precoce” é a história de uma obsessão. Uma obsessão natural, darwinista. E não são, afinal, as mães donas de seus rebentos? Nada mais justo! Pelo menos até que tenham condições de viver por conta própria, o que no caso dos filhos homens é, praticamente, nunca. O livro é, ainda, uma placa de cuidado bem desenhada, posicionada em uma rua larga, num lugar bem visível. Numa cena emblemática, há em uma delegacia uma série de avisos sobre perigos na gravidez e maus tratos.

Já tirou o seu ano sabático?

Já tirou o seu ano sabático?

Tem cada vez mais gente por aí dizendo que vai tirar um ano sabático, passar um tempo sem trabalhar, só viajando, descansando do estresse. Essa moda pegou e já se expandiu, a ponto de surgirem outras formas de anos sabáticos. Durante a pandemia o sujeito ficou em casa, como todo mundo. E se acostumou. Quando a pandemia acabou, ele permaneceu em home-office sem sair de casa. Durante todo esse tempo, ele ficou descalço ou no máximo usando sandálias.

O dia em que gritei com Cora Coralina até perder a voz Foto / Acervo da Família

O dia em que gritei com Cora Coralina até perder a voz

Gritei no ouvido de Cora Coralina até perder a voz. Senti de perto o aroma gostoso, quase secular, da vovó misturada com alfenim. Já ouvi dizer que a poeta não era uma doçura em pessoa, vinte e quatro horas por dia. Tinha lá os seus resvalos na rabugice e no mau humor. Nada mal para uma escritora que, apesar de tamanhas adversidades, fez história na literatura brasileira numa época em que lugar de mulher era em casa, obedecendo ao marido, parindo filho, fazendo doce e batendo bassoura no terreiro.

Monalise e seu bom motivo para sentirmos esperança! Babi Furtado / Divulgação

Monalise e seu bom motivo para sentirmos esperança!

Coisa de dez anos atrás, eu fui ao Rio de Janeiro no carnaval e fiquei encantado com o bloco “Mulheres de Chico”. Que ideia ótima! Mais que uma homenagem a um dos maiores compositores deste país, aquilo era uma peça de resistência, um manifesto da potência da mulher, um grito de alegria e inteligência, uma força da natureza. E que cantoras! Alguém me disse que uma delas se chamava Monalise. Achei bonito! Depois a vida seguiu, eu ainda não voltei ao Rio de Janeiro, mas levei aquela lembrança boa comigo.