Livro da semana

Corações Ruidosos em Queda Livre, de Alex Sens

Corações Ruidosos em Queda Livre, de Alex Sens

De antemão, preciso enfatizar uma agradável curiosidade sobre o Alex Sens. A cada encontro com algum de seus escritos, é provável sentir um certo assombro diante da originalidade poética dos títulos. “O Frágil Toque dos Mutilados”. “A Silenciosa Inclinação das Águas”. “Corações Ruidosos em Queda Livre”.

O Peso do Pássaro Morto, de Aline Bei

O Peso do Pássaro Morto, de Aline Bei

“Quantas perdas cabem ao longo da vida de uma mulher?” é a primeira frase da contracapa de “O Peso do Pássaro Morto”, livro de estreia de Aline Bei, e que batismo! A protagonista começa sua narrativa aos 8 anos de idade, passando por uma adolescência conturbada, que vai impactar o resto de sua vida, em um ciclo que ela não consegue romper. A linguagem amadurece junto com a narradora.

Memórias de uma Gueixa, de Arthur Golden

Memórias de uma Gueixa, de Arthur Golden

O livro traz uma narrativa inteligente, assemelha-se a um jogo de xadrez; crucial prever o passo inimigo. O objetivo é vender bem o mizuage (virgindade) e conseguir um danna (cliente exclusivo) generoso no Japão dos anos 1930, pós-depressão. Nesta jornada, temos o duelo das poderosas gueixas Mameha, curadora da protagonista, e Hatsumomo, a última antagonista.

Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem, de Maryse Condé

Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem, de Maryse Condé

A narrativa reconta um dos episódios mais presentes no imaginário popular, os julgamentos das Bruxas de Salem. A genialidade do enredo está no fato de que a escritora caribenha, Maryse Condé, recriou todo esse universo sob a perspectiva de uma das mulheres condenadas, a negra escravizada Tituba. Importante dizer que essa personagem existiu de fato, porém, sua figura foi praticamente ignorada pelos registros da época.

A Filha Perdida, de Elena Ferrante

A Filha Perdida, de Elena Ferrante

A Filha Perdida é um soco no estômago, mas também é um alento. Embalados em ondas de lembranças que intercalam a observação de eventos que se desenrolam numa praia do Mediterrâneo, Elena Ferrante nos guia no processo de transpor camadas de fantasia escapista para encaramos de forma brutalmente sincera a ambivalência da maternidade.