Carpe diem

Miles Davis, a autobiografia

Miles Davis, a autobiografia

Não gosto de jazz. Não gosto ou não o entendo, sei lá — pouco distingo um saxofone bem assoprado de qualquer muzak de quinta categoria. Salvam-se umas coisinhas aqui e ali, pois até a minha ignorância tem limites, creio eu (tem?). Digamos “Bitches Brew”, do Miles Davis, que não deixa nunca de me espantar.

Esta vida está cheia de ocultos caminhos

Esta vida está cheia de ocultos caminhos

Gosto da ideia de haver um “Dia de Finados”. Evidentemente, trazemos os nossos mortos dentro de nós todos os dias; ter um dia específico para os homenagear me parece, ainda assim, algo importante. Philippe Ariès, claro, desvendou esses mistérios do luto para nós todos.

Aquele Rio de amor que (ainda) não se perdeu

Aquele Rio de amor que (ainda) não se perdeu

Uma das formas de amar o Rio é chegar à cidade num dia de sol e torcer para que o passar dos dias arrefeça um pouco o calor, mas não muito quando der praia, porque aí a sensação térmica deverá estar no teto do Sete-Peles: valerá a pena, há sempre o chope restaurador de ânimos e o antigo mar carioca, no qual tantos eventos históricos ocorreram, permanece sempre próximo — banhar-se nele é como se molhar na própria História, com inicial maiúscula mesmo.

Morricone: gaita, assobios e uivos de coiotes Divulgação / Lucky Red

Morricone: gaita, assobios e uivos de coiotes

Não há quem não se emocione, assistindo a “Cinema Paradiso”, de Giuseppe Tornatore, com a cena dos beijos cortados de filmes antigos; a trilha sonora, evidentemente, é de Ennio Morricone. Tornatore fez filmes bons e outros apenas razoáveis, mas “Cinema Paradiso” bastaria para o colocar no panteão dos aficionados ao cinema. E Morricone foi, com certeza, um dos fenômenos do século 20: compôs mais de 400 trilhas sonoras, dezenas delas, ou mesmo centenas, excepcionais e gravadas em nossa memória coletiva. Agora, Tornatore nos deu o documentário “Ennio, o Maestro”.