A obra-prima que fez milhões chorarem em silêncio está de volta à Netflix Divulgação / Universal Pictures

A obra-prima que fez milhões chorarem em silêncio está de volta à Netflix

Poucas histórias ousaram levar o espectador a um território tão inquietante quanto aquele explorado em “Uma Mente Brilhante”. Longe de ser uma simples adaptação biográfica, o filme dirigido por Ron Howard propõe um desafio: penetrar no universo de um homem cuja genialidade matemática convive, em silêncio, com uma percepção fragmentada da realidade. No relato sobre John Nash, a história se constrói como um jogo de espelhos, no qual a mente do protagonista reflete as verdades que apenas ele enxerga, e que, paradoxalmente, capturam também o olhar do público.

Um dos maiores filmes de todos os tempos chegou à Netflix — e quase ninguém percebeu Divulgação / Sunset Boulevard

Um dos maiores filmes de todos os tempos chegou à Netflix — e quase ninguém percebeu

Poucos filmes desafiaram tanto o tempo quanto “E.T. – O Extraterrestre”, uma narrativa que permanece viva não apenas pela memória afetiva que desperta, mas pela sensibilidade com que capta um anseio universal: o desejo de pertencimento. Steven Spielberg, que já havia consolidado seu nome com sucessos como “Tubarão”, “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” e “Os Caçadores da Arca Perdida”, criou aqui algo que transcende o gênero da ficção científica.

10 livros fundamentais da literatura russa, romena, húngara e tcheca — mas pouco conhecidos no Brasil

10 livros fundamentais da literatura russa, romena, húngara e tcheca — mas pouco conhecidos no Brasil

Há uma Rússia subterrânea que não se revela nos manuais. Entre revoluções e silêncios, surgem obras que escapam aos clichês do realismo grandioso e dos nomes canonizados. São livros que falam baixo, mas não menos fundo. Narrativas que desafiam o tempo, os regimes e o olhar estrangeiro. Abaixo da superfície de Dostoiévski e Tolstói, há um território de contos oblíquos, distopias suaves, sátiras letais e fabulações íntimas. Obras que moldaram o espírito russo contemporâneo e ainda esperam, pacientemente, para serem lidas com olhos novos.

Contos sobre mulheres vulneráveis de Jarid Arraes perdem-se em meio a lacração, militância exagerada e regionalismo afetado

Contos sobre mulheres vulneráveis de Jarid Arraes perdem-se em meio a lacração, militância exagerada e regionalismo afetado

“Redemoinho em Dia Quente”, a coletânea de narrativas curtas de Jarid Arraes, faz ecoar a voz da mulher sertaneja, clareia vidas marginalizadas e realça formas de resistência num misto de linguagem popular e identitária — e os problemas não se originam exatamente aí. Os contos de Arraes carecem de acabamento, apuro estético, coesão, estilo, verdadeira praga que acomete trabalhos da novíssima safra de escritores brasileiros, em especial “Jantar Secreto” (2016), de Raphael Montes; “Tudo É Rio” (2014), de Carla Madeira; e “A Cabeça do Santo” (2014), de Socorro Acioli. Sinal dos tempos? Toda literatura produzida será assim doravante?

7 livros para ler em um dia e pensar pelo resto da vida

7 livros para ler em um dia e pensar pelo resto da vida

Alguns livros não precisam ser longos para durar. Breves, densos, afiados na palavra certa, na imagem perfeita, permanecem latentes na memória, tecendo camadas de sentido que só o tempo, talvez, consiga revelar plenamente. São histórias que desvendam uma verdade maior sobre a vida e sobre nós, que nos deixam inquietos, pensativos, como quem repete um verso perfeito, sem nunca alcançar seu sentido definitivo. Escolhidos por sua capacidade de transformar um dia em algo duradouro, estes são livros que vivem além de suas páginas.