Ideias

O Brasil da série ‘Os Outros’ Estevam Avellar / Globo

O Brasil da série ‘Os Outros’

De tempos em tempos, o lado estranho do país dá as caras nas telas de cinema e da televisão. Na era do streaming, essa aparição do sombrio ocorre também nos telefones celulares. Nada de encontro de classes sociais, samba no morro, festas de famílias ou o “equilíbrio dos antagonismos” de senhores e escravos, patrões e empregados. A mais recente imagem do horror brasileiro é a série “Os Outros”, de Lucas Paraizo e exibida pela Globoplay. A história teve como ponto de partida uma ideia da atriz e escritora Fernanda Torres, dona de um olhar agudo para as esquisitices nacionais.

O Brasil da novela ‘Vai na Fé’

O Brasil da novela ‘Vai na Fé’

Obras menores, sem ambições de grande arte, são melhores para identificar questões estruturais das narrativas de ficção. Tudo fica mais exposto e claro. Por sua vez, a literatura complexa esconde do leitor os pontos fundamentais. É preciso escavar, ter o olhar atento, para desvendar os sentidos relevantes nos romances de um Dostoiévski ou de um Machado de Assis. O mesmo raciocínio, que vem de Antonio Candido, vale para a interpretação de outras manifestações, como o cinema.

O mais surpreendente filme indiano de 2023 acabou de desembarcar na Netflix e vai deixar você de queixo caído Divulgação / Netflix

O mais surpreendente filme indiano de 2023 acabou de desembarcar na Netflix e vai deixar você de queixo caído

“Rumores”, o filme do indiano Sudhir Mishra, passa por algumas áreas que definem a vida dos homens do século 21, e uma em especial acaba por pagar tributo às ligações pouco republicanas entre empresários, autoridades e aqueles que deveriam representar o povo junto ao poder público, cada vez mais apodrecido, tomado por gente que aprende rápido a locupletar-se com o que é de todos.

Bloomsday: 20 curiosidades sobre a data mais importante da literatura moderna

Bloomsday: 20 curiosidades sobre a data mais importante da literatura moderna

Imagine um dia único em que entusiastas da literatura de todo o mundo se reúnem para celebrar um único livro — isso é o que acontece todos os anos em 16 de junho. Este dia, conhecido como Bloomsday, é uma celebração global em homenagem ao intrigante Leopold Bloom, protagonista de “Ulysses”, a obra icônica do escritor irlandês James Joyce. “Ulysses”, lançado em 1922, foi um verdadeiro marco na literatura. Joyce, um escritor incansavelmente dedicado a experimentar com linguagem e estruturas literárias, chocou o mundo literário e rompeu paradigmas críticos. Ele brincava com estilos, mesclando-os de tal forma que se tornaria a maior referência tanto para a literatura modernista quanto para a pós-modernista.

Cormac McCarthy e seu interesse sem fim pela ciência

Cormac McCarthy e seu interesse sem fim pela ciência

Cormac conheceu nos anos 1980 o físico Murray Gell-Mann (ganhador do Prêmio Nobel de 1969), e este não teve dúvida de quem chamaria para compor um novo instituto avançado de pesquisa científico. Eles perceberam de imediato que tinham os mesmos interesses pelo conhecimento humano, sobretudo algo chamado sistemas complexos. Foi desse encontro que nasceu o SFI, onde o autor de “Meridiano de sangue” se tornou uma das figuras centrais e poderia se esconder do mundo das celebridades.