O filme que transformou a obra-prima de Milan Kundera em um marco do cinema
Milan Kundera (1929-2023) estabeleceu em “A Insustentável Leveza do Ser” uma dança de amores sensuais e perturbados, talvez a mais semioticamente complexa da literatura ocidental. Philip Kaufman assimila muito do incômodo existencial forjado pelo escritor em sua adaptação do clássico de há quarenta anos, fixando-se na pletora de sentimentos a uni-los e apartá-los, o que, evidentemente, suscita no espectador a impressão de que até a promiscuidade já foi mais lírica.