Autor: Enio Vieira

A volta do Oasis e o fenômeno Mark Fisher

A volta do Oasis e o fenômeno Mark Fisher

Os irmãos Noel e Liam Gallagher sacudiram as páginas de sites e perfis de redes sociais ao anunciar o retorno do grupo Oasis para shows no próximo ano. De imediato, surgiu o debate se a volta seria ou não mais um golpe dos caras mais chatos do rock inglês. Os memes abundaram na internet.

Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro:  40 anos

Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro:  40 anos

Contar histórias no Brasil é um exercício que mistura tradições europeias com as vozes dos povos negros e indígenas, criando uma narrativa única e desafiadora. Em “Viva o Povo Brasileiro”, João Ubaldo Ribeiro constrói uma obra que explora a complexa formação do Brasil, onde a modernidade europeia encontra os ritmos locais. Mesmo após 40 anos de sua primeira edição, o romance ainda provoca reflexões profundas sobre a identidade nacional e o impacto das influências externas.

Os casamentos de Jane Austen

Os casamentos de Jane Austen

A Inglaterra jamais foi ilha por acaso. A Europa pode estar se acabando em conflitos, mas os ingleses não se misturam. Imagina se você é um artista europeu na virada do século 18 para o 19. Foi uma época rica de acontecimentos e ideias, não? Apesar disso, um inglês da época prefere ignorar a Revolução Francesa e as guerras napoleônicas. Russos e alemães, por sua vez, escreveram e filosofaram fartamente a partir das transformações provocadas pelos franceses.

Asas do Desejo, de Wim Wenders, busca a ‘épica da paz’ para os tempos modernos Divulgação / Argos Films

Asas do Desejo, de Wim Wenders, busca a ‘épica da paz’ para os tempos modernos

Nenhum outro filme marcou tanto os anos 1980 como “Asas do Desejo”, do alemão Wim Wenders. Foi uma síntese de uma época a história da dupla de anjos vagando pela cidade de Berlim, ainda dividida pelo muro. Esteticamente, o diretor montou um enredo básico cercado de fragmentos estilizados, bem no espírito daqueles anos. Ao mesmo tempo, deve ter sido o último registro do muro e seus simbolismos, como monumento à barbárie do século 20, mas um filme que sugere a utopia da paz futura.

Riobaldo nas quebradas

Riobaldo nas quebradas

O romance “Grande Sertão: Veredas” (1956), de Guimarães Rosa, é uma obra intraduzível no sentido amplo da palavra. Não há outras palavras para dar conta dessa história — só as do autor. As tentativas de transpor a escrita rosiana para outros meios falharam ao longo dos tempos. Foi o caso da primeira versão para o cinema em 1965. Vinte anos depois, veio uma série de televisão com atores e atrizes famosos da TV Globo — hoje o resultado não parece de todo ruim, mas isso pouco importa.