Ideias

Carolina Maria de Jesus, intérprete do Brasil

Carolina Maria de Jesus, intérprete do Brasil

Em 1960, surgiu uma escritora inesperada na literatura brasileira, por conta de sua origem social. Ninguém imaginava a existência de uma autora moradora da favela do Canindé, na cidade de São Paulo. Do meio do nada, Carolina Maria de Jesus (1914-1977) entrou para o meio literário e trouxe um olhar inédito sobre as coisas do país que, na época, vivia os anos dourados da bossa nova, da inauguração de Brasília e do slogan dos cinquenta anos em cinco de Juscelino Kubitschek.

A oficina literária de Liev Tolstói

A oficina literária de Liev Tolstói

“Anna Kariênina”, de Liev Tolstói, foge a uma conhecida convenção do romance — ou, por outra, a maioria dos romances fogem ao padrão antessala de “Anna Kariênina”. Pelo menos, segundo alguns entendidos, nas duas ou três primeiras páginas de um romance “é” necessário apresentar a trama e esboçar os personagens principais. Caso contrário o leitor “perde” o interesse e o romance “naufraga” por falta de interesse, e isto é categórico. Oficinas literárias são cheias dessas dicas, feitas por autoridades no assunto: os ficcionistas atuais.

Os 10 mais importantes dramaturgos da História do Teatro Brasileiro Foto / Arquivo Público de São Paulo

Os 10 mais importantes dramaturgos da História do Teatro Brasileiro

Por sua significância histórica, inicio este artigo fazendo menção ao jesuíta José de Anchieta (1534 – 1597), que, por encomenda do seu superior hierárquico Manuel da Nóbrega, inaugurou, com os seus autos moralizantes, a dramaturgia colonial brasileira, no século 16. Longe de ser um Gil Vicente de batina, o estrategista São Anchieta inspirou-se no teatrólogo lusitano para adaptação de temáticas autóctones, com objetivos civilizatórios.

A cadeira de Nélida Piñon

A cadeira de Nélida Piñon

Pelo histórico da Academia Brasileira de Letras, pressupõe-se que, após a partida de Nélida Piñon, a cadeira 30, ocupada pela insigne humanista, se destine a uma candidata do sexo. Neste contexto, a meu ver, três concorrentes de expressão estão habilitadas ao postulado de imortalidade acadêmica — a historiadora Mary Del Priore; a escritora Conceição Evaristo; e a Profa. dra. Heloísa Buarque de Hollanda.

Pelé, o Macunaíma negro Foto / A.Ricardo

Pelé, o Macunaíma negro

O maestro Antonio Carlos Jobim dizia que o Brasil jamais amou Pelé; e, ao contrário, idolatrava Garrincha, que morreu pobre e bêbado. O frasista Tom Jobim se referia ao fato de que a população brasileira não o reverenciava como um genuíno monarca dos trópicos, sobretudo porque o El-Rey Pelé fora um vencedor na vida, ao passo que o Mané não conseguira driblar o alcoolismo, por exemplo.