7 filmes de tirar o fôlego para assistir na Netflix Barry Wetcher / Open Road Films

7 filmes de tirar o fôlego para assistir na Netflix

Se você é daquele tipo de pessoa que não tem um gênero favorito, mas preza por um filme dinâmico, que não te deixe desgrudar os olhos, com um enredo intrigante, regado a cenas que provocam todo tipo de sentimento, essa lista é para você. Aqui, os filmes são daquele tipo que primeiro te deixam revoltado, depois emocionado, depois te despertam um outro sentimento completamente diferente.

Ahí estábamos, por irnos y no

Ahí estábamos, por irnos y no

Em 1956, no mesmo ano do lançamento de “Grande Sertão: Veredas”, o argentino Antonio Di Benedetto publicou “Zama”. É o “romance da espera”: na colonial Assunção, Diego de Zama aguarda sua promoção para Buenos Aires durante dez anos. Nada acontece, então, e tudo também acontece, a desintegração dele, de sua vida, os pequenos nadas cotidianos se tornando a sua própria existência. No fundo, todos esperamos; no fundo, a letargia vai nos matando.

Filme hipnotizante com Angelina Jolie, na Netflix, é um soco na cara que continuará queimando por dias Divulgação / Universal Pictures

Filme hipnotizante com Angelina Jolie, na Netflix, é um soco na cara que continuará queimando por dias

Clint Eastwood sabe como poucos o segredo para manipular as emoções de suas plateias. Desde “Breezy” (1973), Eastwood foi se deslocando cada vez mais do proscênio para os bastidores, uma evolução em que levou ao menos três décadas para se estabelecer como o cineasta brilhante. Em “A Troca”, o diretor dá mais uma prova de sua generosidade artística e fornece todo o material para que Angelina Jolie brilhe na pele de uma mãe cujo filho desaparece repentinamente e tem de lidar com a dor de experimentar o pouco-caso da polícia, que lhe devolve outra criança.

O filme mais injustiçado e subestimado da história da  Netflix Divulgação / Netflix

O filme mais injustiçado e subestimado da história da Netflix

Muito além do clichê, nascer mulher nos estertores do século 19 era, verdadeiramente, um ato político. Existiam, por óbvio, aquelas mulheres que se davam por muito satisfeitas em gerar filhos, administrar a casa e assistir ao marido — e não há nada de errado nisso —, mas havia também as que não se contentavam com tão pouco. Dentre essas, se destaca Marie Curie depois do casamento com o físico francês Pierre Curie, uma cientista que construiu uma carreira independente da trajetória do marido, ainda que contasse com Curie para vencer a misoginia no meio científico, ainda mais feroz à época.

Henri Rochat, a história do amante de Proust que morou e morreu no Brasil

Henri Rochat, a história do amante de Proust que morou e morreu no Brasil

“Em Busca do Tempo Perdido”, de Marcel Proust (1871-1922), talvez seja a principal catedral literária da França. O escritor criou uma civilização, quiçá uma história paralela — ao estilo de Balzac —, que tem merecido estudos detidos de críticos literários, filósofos (Gilles Deleuze, por exemplo) e outros pesquisadores. Cem anos depois de publicado, o romance-romances continua reverberando, a cada nova análise dizendo e sugerindo mais coisas. Como obra-bíblica, é inesgotável. Sobre a vida do autor, que daria um romance — as biografias, a rigor, são romances do real (e o real contém partes da irrealidade cotidiana) —, há sempre notícias novas surgindo ou sendo recontadas. Como a história de Henri Rochat, o suíço que foi seu amante e morou no Brasil.