Filme da Netflix sobre história real de um assassino em série prova que a vida pode ser mais assustadora do que a ficção
Célula-mãe da sociedade, a família também experimenta seus descaminhos, adoecendo todo o corpo que a abriga. Lastimavelmente, muitas vezes se passam anos até que se detecte onde está esse tumor que apodrece o tecido social das formas mais abjetas que, por óbvio, só podem vir à luz pelas mãos de indivíduos cuja inteligência supera em muito a média da capacidade intelectual dos demais, malgrado empregada para fins perversos. Duncan Skiles capricha ao traçar o perfil do maníaco que protagoniza “O Assassino de Clovehitch”, um criminoso frio, como quase todos, mas que se destaca por detalhes que deveriam ficar restritos à intimidade, mas de que lança mão para extravasar seus ímpetos bestiais.