Autor: J.C. Guimarães

Jorge Luis Borges, o poeta Reprodução / MUBI

Jorge Luis Borges, o poeta

Sempre ouvimos falar de Jorge Luis Borges, o grande ficcionista argentino, como autor de contos fantásticos. Foi como se celebrizou, ao lançar a coletânea “Ficções”, em 1944, na qual se encontra o famosíssimo “Pierre Menard, autor o Quixote”. Como contista, Borges é amplamente devedor de Kafka, embora sempre se fale de sua formação literária como especificamente inglesa. Além de contos, relatos e ensaios memoráveis, Borges foi também um notável poeta — e começou como poeta —, um meticuloso artesão da palavra, sendo portanto curioso que nos reportemos a ele sem nos lembrarmos desse fato.

Maquiavel e seu manual de guerra

Maquiavel e seu manual de guerra

Quem, nos últimos 500 anos, definiu melhor a política do que Maquiavel, homem que viveu na passagem entre estes dois mundos, o medieval e o moderno? O segredo de Maquiavel é o homem. Lemos seu manual de guerra, “O Príncipe”, descobrindo página por página que o pensador investigou primeiro o homem, a sua natureza íntima, chegando daí às suas luminosas conclusões políticas.

O Professor do Desejo, de Philip Roth, uma sátira sem freios sobre o instinto mais primitivo do homem: o sexo

O Professor do Desejo, de Philip Roth, uma sátira sem freios sobre o instinto mais primitivo do homem: o sexo

Luxúria e vaidade são pecados de interesse quase unânime, independe de classe social, status cultural ou lugar, do mundo. Não devíamos perder tempo e dinheiro com livros de terceira categoria para apreciá-los bem; devíamos ler logo “O Professor do Desejo”, de Philip Roth. O autor é bem conhecido no Brasil, onde parte expressiva de sua obra — incluindo os principais trabalhos — foi traduzida pela Companhia das Letras.

Agosto, de Rubem Fonseca: a honestidade como ficção Zeca Fonseca / Divulgação

Agosto, de Rubem Fonseca: a honestidade como ficção

Na madrugada de 24 de agosto de 1954, o então presidente da República, Getúlio Vargas, sacramentou com o próprio sangue a fama de raposa política. Houve uma crise institucional no país, e quando ninguém mais imaginava uma saída e se acreditou que a oposição enfim chegaria ao poder, Vargas conseguiu, uma vez ainda, e de forma trágica, surpreender seus golpistas. Para compensar o cadáver do major da aeronáutica Rubens Florentino Vaz e desequilibrar o jogo em favor já não de seu governo, mas de um estrategista excepcional, o presidente tomou a corajosa decisão de fazer de si próprio outro mártir.