Livros

Conversa no Catedral é um dos romances mais experimentais de Mario Vargas Llosa

Conversa no Catedral é um dos romances mais experimentais de Mario Vargas Llosa

A Alfaguara repôs no mercado a obra-prima do escritor peruano Mario Vargas Llosa: “Conversa no Catedral” (581 páginas), de 1969. No prólogo de uma edição publicada em 1998, o Nobel de Literatura conta que reescreveu o romance várias vezes. “Nenhum outro romance me deu tanto trabalho; por isso, se tivesse que salvar do fogo só um dentre os que escrevi, salvaria este”, afirma.

A literatura de Minas Gerais de roseiras, morros e angústias

A literatura de Minas Gerais de roseiras, morros e angústias

Se por acaso existe um enigma brasileiro, ele é a região onde se situa Minas Gerais. Um espaço para além das enormes serras, como a Mantiqueira, que no passado criaram uma barreira natural para quem vinha de São Paulo e do Rio de Janeiro. O isolamento permitiu que surgisse uma cultura própria, barroca numa certa época, modernista em tempos mais recentes. Para Silviano Santiago, um dos seus maiores conhecedores, Minas é na verdade um “enclave arcaico” que assusta o restante do Brasil.

A Porta, de Magda Szabó: fascínio e culpa moldam personagem irresistível

A Porta, de Magda Szabó: fascínio e culpa moldam personagem irresistível

Enquanto folheava o catálogo de clássicos esquecidos de uma pequena editora em Paris, o editor italiano Roberto Calasso (1941-2021) encontrou um nome do qual jamais se esqueceria. Ele começou a ler o romance “Rebeldes’’ e percebeu que estava diante daquelas descobertas raras, a grande sorte dos editores. Após 50 anos de vácuo editorial, o autor húngaro Sándor Márai foi colocado no seu devido lugar, ao lado de Joseph Roth, Musil, Thomas Mann e Kafka.

Dostoiévski e Virginia Woolf não existiam para Javier Marías, o escritor madrilenho que deixou uma obra ímpar

Dostoiévski e Virginia Woolf não existiam para Javier Marías, o escritor madrilenho que deixou uma obra ímpar

Javier Marías, morreu em setembro de 2022, aos 70 anos, foi tratado no Brasil como se deve lidar com um grande escritor: publicando suas obras mais importantes. A Companhia das Letras editou vários de seus romances, com traduções precisas de Eduardo Brandão, que, dotado de uma perícia estupenda, captou o ritmo, a musicalidade da frase longa do escritor, tradutor e crítico espanhol. Falta lançar seus ensaios de crítica literária a respeito de vários escritores, como William Faulkner e Vladimir Nabokov, dois de seus pares preferidos. Escreveu também livros sobre cinema e futebol.

O novo romance de Cormac McCarthy

O novo romance de Cormac McCarthy

Cormac McCarthy, de 89 anos, escreveu um romance tão bom, mas tão bom, que quase esmagou outras obras notáveis de sua autoria. “Meridiano de Sangue” é uma espécie de Shakespeare carnavalizando e chafurdando pelo Oeste americano. Um Oeste tão brutal quanto mítico. A história impressionante é complementada por uma linguagem idem. William, o britânico, se pudesse, diria: “Renasci”.