Aclamado e premiado, filme da primeira mulher a vencer o Oscar de melhor direção está na Netflix Divulgação / Universal Pictures

Aclamado e premiado, filme da primeira mulher a vencer o Oscar de melhor direção está na Netflix

Na manhã daquele fatídico 11 de setembro de 2001, o mundo testemunhou um dos eventos mais impactantes e sombrios do século 21. O ataque terrorista perpetrado contra os Estados Unidos deixou uma marca indelével, com mais de 3 mil vidas perdidas e marcos emblemáticos como o Pentágono e as torres gêmeas do World Trade Center reduzidos a escombros. Enquanto o terror se desdobrava, as telas de televisão em todo o mundo transmitiam uma imagem uníssona de destruição e desespero.

Nos bastidores desse caos, uma organização sinistra emergia: a Al-Qaeda. No epicentro dessa entidade, figurava um homem cujo nome ecoaria através dos anos: Osama bin Laden. Rapidamente, ele se tornou o rosto do terrorismo global, uma figura notória e procurada incansavelmente ao longo da década que se seguiu.

Contudo, há uma faceta menos conhecida dessa narrativa, retratada de maneira magistral no thriller investigativo de Kathryn Bigelow, uma cineasta cujo talento a levou a se tornar a primeira e única mulher a conquistar um Oscar de melhor direção. “A Hora Mais Escura” desvela os bastidores das incansáveis investigações que eventualmente conduziriam ao esconderijo de bin Laden. O filme é um tributo às mulheres destemidas que desafiaram as expectativas e desempenharam um papel fundamental nessa busca incansável, especialmente a protagonista Maya, interpretada por Jessica Chastain.

Dividido em capítulos, o filme acompanha uma década de esforços meticulosos, interrogatórios e reviravoltas que culminaram na localização e subsequente eliminação do homem mais procurado do mundo. Baseado em relatos verídicos de agentes da CIA, “A Hora Mais Escura” não apenas retrata a tenacidade e determinação necessárias para essa empreitada, mas também os custos humanos e financeiros exorbitantes que ela implicou.

Apesar de sua extensão considerável, o filme absorve o espectador em sua narrativa envolvente e na atmosfera tensa que permeia a busca pelo alvo mais elusivo da história recente. Enquanto teorias sobre o paradeiro de bin Laden abrangiam desde cavernas remotas até desertos inóspitos, a verdade o revelou escondido em uma fortaleza urbana em Abbottabad, no Paquistão.

A operação para capturar bin Laden é marcada por incertezas, riscos calculados e palpitações nervosas. O espectador, assim como os protagonistas, é levado a sentir a tensão palpável conforme a operação se desenrola, com o futuro incerto pendendo sobre cada movimento do Time 6 da Marinha dos Estados Unidos, encarregado da missão.

“A Hora Mais Escura”, na Netflix, entrega uma narrativa cativante, repleta de elementos verídicos que mantêm o público em suspense, mesmo quando o desfecho histórico é conhecido de antemão. Além da brilhante performance de Jessica Chastain, o filme conta com um elenco estelar, incluindo nomes como Joel Edgerton, Chris Pratt, Mark Strong e uma série de outros talentos que complementam a trama magistralmente. Não surpreende que tenha sido agraciado com o Oscar de melhor edição de som, destacando-se como uma obra-prima do cinema contemporâneo.


Filme: A Hora Mais Escura
Direção: Kathryn Bigelow
Ano: 2013
Gênero: Drama/Suspense/História
Nota: 10