Eu não sei como, mas John Bonito se sai bem no thriller de ação explosivo “The Marine”, que estrela John Cena como John Triton, um ex-fuzileiro que precisa resgatar sua esposa, Kate (Kelly Carlson), sequestrada por um bando de ladrões de diamantes na Caroline do Sul. O negócio é o seguinte, se você procurar opiniões dos críticos, vai pensar que o filme não vale nadinha a pena. A nota no IMDb é lamentável. As atuações, confesso, são bem abaixo da média e os personagens são caricatos. Então, você deve estar se perguntando: e por que é que John Bonito se sai bem, então?
“The Marine” é um filme de uma hora e meia de duração, não há enrolação por aqui. O roteiro de Michelle Gallagher e Alan B. McElroy vai direto ao ponto. É ação que você quer? É ação que você tem! O longa-metragem tem cenas explosivas bastante exageradas. No começo, um carro fuzilado explode e é arremessado a uma altura de… sei lá, talvez, dez, quinze metros? Por que é que o carro está voando enquanto explode, sem que suas partes se separem? Eu não sei, mas é bem legal de ver. Outras sequências de efeitos especiais extravagantes e nada realistas continuam a surgir, mas de alguma forma, nenhuma delas me incomodaram. Elas não são nem tão mal executadas e nem tão caras que pareçam obscenas ou apelativas demais.
“The Marine” nunca será um clássico cult, mas já é um clássico de ação sessão coruja, ao estilo Jean-Claude Van Damme. Tire as crianças menores da sala ou pessoas sensíveis à violência. Não que seja um cinema ultraviolence, mas há lutas intensas, combates e armas de fogo. Mas, de um modo geral, nada tão chocante.
John Triton é um homem viciado em adrenalina, que depois de ser dispensado do serviço militar no Iraque, não consegue sequer trabalhar como segurança, porque ele é realmente indomável. Então, sua esposa, Kate, sugere que eles viajem para as montanhas da Carolina do Sul, perto da natureza e longe da vida urbana. Mas quando o casal para para abastecer em um posto de combustíveis, Kate é sequestrada por um grupo de ladrões de diamantes, liderado por Rome (Robert Patrick). Kate não é escolhida por nenhum motivo específico. Eles apenas precisam de uma refém para manter sua fuga da polícia mais segura. O problema é que eles provocam a fúria de John Triton, alguém muito mais perigoso e implacável que os próprios policiais.
John Triton é o típico herói de ação: um homem de poucas palavras, muitos músculos e uma tonelada de testosterona à beira de uma ebulição. Mesmo assim, ele é carismático, apaixonado por sua esposa e em busca de redenção. Um cara que não consegue conter seus nervos, mas que se derrete diante da mocinha em apuros. O lado surpreendente dessa história toda é que Kate, a esposa sequestrada de John, pode até ter a aparência de uma princesinha indefesa, mas é uma personagem bastante corajosa e ousada. Em diversas cenas, ela reage contra os criminosos, especialmente a parceira de Rome, Angela (Abigail Bianca), sem medo de levar alguns socos e chutes. Há cenas de ação e luta envolvendo essas mulheres também, o que é bem legal. Kate não fica esperando ser resgatada, ela tenta, quando pode, salvar a si própria, e quase consegue.
O filme de John Bonito pode não merecer destaque em premiações importantes e nem ser tão grandioso para explodir bilheterias com rios de dinheiro, mas é uma diversão garantida para quem gosta dos tradicionais filmes de ação dos anos 1980 e 1990.
Filme: The Marine
Direção: John Bonito
Ano: 2006
Gênero: Ação
Nota: 8/10