Aconchego para alma, romance na Netflix vai aliviar seu estresse e deixar seu dia mais leve Divulgação / Brad Krevoy Television

Aconchego para alma, romance na Netflix vai aliviar seu estresse e deixar seu dia mais leve

Ser chef pode ser uma arte para muitos. Criar pratos, encontrar combinações de sabores, misturar elementos químicos e fazer a mágica acontecer. Cozinhar é mesmo uma coisa que exige talento e amor. Se você não está disposto a entregar um pouco de carinho como ingrediente, provavelmente não haverá tanto sabor. Chefs recebem prêmios, são ovacionados em revistas e mimados por clientes. É ser uma estrela em uma outra dimensão da fama, nem sempre tão glamourosa como de uma celebridade de filmes ou da música, mas com boas recompensas.

Para Charlotte (Jillian Murray), de “Inspiração de Natal”, cozinhar é um dever, não uma paixão. É uma tarefa que foi passada por gerações da sua família. E, não cumprí-la, é uma espécie de decepção para seus ancestrais. Então, quando ela assume como chef no restaurante da família, Charlotte leva a missão a sério. Tão sério, que ela mal tempo para pensar sobre o que realmente quer de sua vida.

Sua maior paixão é pintar, mas isso fica em segundo plano quando suas obrigações familiares parecem importantes demais. Quando um Festival de Arte chega na cidade, ela não resiste e se inscreve. Então, começa a pintar um quadro que ficará exposto com outros candidatos à premiação. Mas quando ela percebe que a pintura a está a atrapalhando de executar suas tarefas no restaurante, ela joga o quadro fora e acredita ter desistido de uma vez por todas de seu sonho secreto de se tornar uma pintora.

Apesar de inacabado e descartado como lixo, a pintura encontra um novo dono. O quadro vai parar nas mãos de ninguém menos que Wyatt (Joseph Cannata), um arquiteto famoso e bem-sucedido que também tem outros sonhos para além de sua profissão. Ele deseja poder desenhar com suas mãos em uma tela, fora dos programas de computadores e das técnicas frias e sem emoção de seus projetos arquitetônicos, nos quais as pessoas pagam uma fortuna para ter. Quando ele encontra a pintura inacabada de Charlotte, ele sente que aquilo é algo feito com o coração. Então decide inscrever a arte no festival da cidade, mas com autoria desconhecida, já que não sabe quem a pintou.

O restaurante da mãe de Charlotte é contratado para servir os visitantes da galeria, onde acontece o festival. Quando ela se depara com seu quadro exposto, não fica nem um pouco feliz. Charlotte assume a autoria, mas pede para que ele seja retirado. Wyatt concorda, mas a situação os aproxima. Charlotte o ensina a pintar com pincéis e Wyatt a ensina a desenhar com lápis. Conforme compartilham seus sonhos e ambições, começam, também, a se sentir atraídos um pelo outro. É muito mais que algo físico, mas também uma conexão de almas. Juntos, eles ajudarão um ao outro a encontrar sentido para suas vidas e seguir seus sonhos.

“Inspiração de Natal” está longe de ser diferente ou original. O enredo escrito por Brendan McNerney e Bob Sáenz segue fórmulas conhecidas por outros romances de sessão da tarde, mas funciona bem. Cannata esbanja charme, enquanto Murray é um poço de carisma. A química não é tudo aquilo, mas as atuações são satisfatórias. O filme dirigido por Robin Dunne pode não ser extraordinário, mas cumpre bem sua função de proporcionar conforto, bem-estar e entretenimento.


Filme: Inspiração de Natal
Direção: Robin Dunne
Ano: 2022
Gênero: Romance/Comédia/Drama
Nota: 8/10