Sobrevivendo ao domingo

Amigos velhos, e então, como vai o domingo? Paulo Mendes Campos, cronista tão invejável (invejo quem escreve bem) quanto o urso Rubem Braga, escreveu que, para um domingo perfeito, é preciso “ter na véspera o cuidado de escancarar a janela”. Sim, sim, mas não só as janelas físicas: as metafísicas devem ser abertas ainda com mais vigor aos domingos. Abrir-se, eis um mandamento obrigatório, um, por assim dizer, imperativo categórico.

A esperança num futuro melhor é fuzilada todo santo dia,  mas, ela nunca morre

A esperança num futuro melhor é fuzilada todo santo dia, mas, ela nunca morre

Não conheço Marielle Franco. Nunca tinha ouvido falar da vereadora que foi emboscada e morta a tiros no Rio de Janeiro. Peço desculpas por isso. Preciso me desculpar por tantas coisas, que nem sei por onde começar. Talvez, devesse tentar um mea-culpa. Eu carecia regar com mais cuidado o amor no vaso profundo do meu peito, mas, não tenho feito isso. Sou um negligente contumaz e confesso. Tenho permitido que a poesia morra em mim, em face à iniquidade dos fatos, à míngua e sem reação.

Sei que sentirei saudade, mas preciso dizer adeus

Sei que sentirei saudade, mas preciso dizer adeus

Sabemos que a tecnologia tornou possível amenizar a ausência. Vemos as crianças crescerem através dos vídeos e fotografias e aproximamos as distâncias com áudios e mensagens de texto. Porém, não existe nada tecnológico que substitua as brincadeiras na piscina, o bolo de chocolate feito a quatro mãos, o tilintar das taças que brindam juntas e o carinho delicado sentido na pele.

A Livraria, uma obra-prima da história recente do cinema

A Livraria, uma obra-prima da história recente do cinema

A história de “A Livraria” centra-se na trajetória de Florence Green — interpretada por Emily Mortimer, indicada ao Goya de Melhor Atriz —, uma mulher gentil e otimista que decide abrir uma livraria numa pequena cidade costeira da Inglaterra, no final da década de 1950. Viúva há vários anos, tendo perdido o marido na Segunda Guerra Mundial, Florence acredita que quando lemos uma história “nós a habitamos. As capas dos livros são como telhado e quatro paredes: um livro é uma casa”.

De Foucault a Alain Badiou: todo o acervo da lendária revista Filosofia Radical para download

A revista britânica “Radical Philosophy” é conhecida por levantar o debate e causar polêmica no meio filosófico desde 1972. Com três publicações anuais e editorial coletivo, ela já veiculou ensaios, entrevistas e artigos de autores como Pierre Bourdieu, Judith Butler, Michèle Le Dœuff, Michel Foucault, Jacques Rancière e Axel Honneth. Agora, todas as suas 201 edições estão disponíveis para leitura e download gratuito.