Autor: Rebeca Bedone

Avós não morrem. Eles vivem dentro da gente

Avós não morrem. Eles vivem dentro da gente

Observando meu pai brincar com meus sobrinhos, vi meu avô em seus gestos, repetindo a mesma ternura de gerações passadas. Rubem Alves, em sua crônica para o neto, revela como a memória dos avós vive em nossas lembranças. Desde as brincadeiras na cozinha até as canções antigas, os avós deixam marcas profundas. Essas recordações mostram que, mesmo após sua partida, os avós permanecem vivos em nosso cotidiano. O amor e a sabedoria deles atravessam o tempo, perpetuando-se em nossas vidas.

Quando nosso cão morre, morre um pouco de nós

Quando nosso cão morre, morre um pouco de nós

Eu chorava, mas não era um choro qualquer. Era um pranto com suspiros e soluços, de um jeito tão primitivo que tive vergonha de mim mesma; mas ele não se importou. A uma distância de meio metro de mim, ele me observava com seus olhos amendoados e aflitos. Sem me julgar, esperava com a cabeça levemente pendida para o lado.

O que me dói é não poder te dar um abraço

O que me dói é não poder te dar um abraço

O mundo lá fora estava estranho, quieto, diferente: era a angústia das famílias que rezavam pela recuperação do parente doente, a saudade que os amigos sentiam uns dos outros, a expectativa das crianças que sonhavam com o retorno às aulas, o medo que os enfermos sentiam e o tempo que não passava para aqueles que estavam sozinhos.