Autor: Wander Lourenço

A formação cultural da identidade pátria 

A formação cultural da identidade pátria 

m “Fedro”, no capítulo intitulado “A invenção da escrita”, o filósofo grego Platão assevera que o inventor de tal arte de escrever, o deus Thoth, ao ser indagado pelo governante Tamuz, afirmara que o seu feito literário tornaria os súditos egípcios mais sábios… Inspirado nos ensinamentos platônicos, neste artigo abordar-se-á o processo de deformação da identidade de indivíduos em processo de mutilação intelectual, deflagrado por intermédio da disseminação de uma indústria da ignorância instaurada pelo poder público e privado.

Síndrome de Dom Quixote

Síndrome de Dom Quixote

A partir da publicação da obra seiscentista “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha”, de Miguel de Cervantes, a tradição ocidental diagnosticou que, quem estivesse apto a consumir narrativas de ficção, encontrar-se-ia na iminência de se tornar um sério candidato aos surtos patológicos de insanidade (ou alienação). Em consequência deste equivocado laudo anti-leitura, de forma rudimentar e retrógrada, a Literatura passou a ser uma espécie de inimiga pública número 1 da lucidez da humanidade.

Receituário de sonhos literários

Receituário de sonhos literários

Em sua obra intitulada “A Interpretação dos Sonhos”, o psicanalista Sigmund Freud explicita que esforçar-se-ia por elucidar os processos a que se devem a sua estranheza e a obscuridade, ainda que pouco ou nada que aborde a sua natureza essencial possibilite uma solução final para qualquer dos enigmas dos sonhos. Deste modo, aviso aos navegantes: este ensaio não se predispõe a elucidá-lo, absolutamente; entretanto, se inclina a utilizá-lo como metodologia de leitura, que prognostica a prevenção como modo eficaz de combate às aflições psíquicas do Homem pós-moderno.

O fascínio da Literatura

O fascínio da Literatura

O fascínio da Literatura há se originar como uma espécie de pecado original que, ao desnudar-se diante da imagem e semelhança d’um esboço da condição humana, se desintegra no Jardim do Éden da consciência, a partir da Criação de cunho ficcional, que construímos em nós, à proporção que nos reinventamos como eu-líricos, narradores ou personagens de si mesmos.

Estatuto do Leitor

Estatuto do Leitor

A disseminação da prática de leitura é de responsabilidade do poder público, das instituições de ensino de nível fundamental, médio e superior, dos grêmios e academias de Letras, dos círculos e bienais do livro, dos fóruns, simpósios e festas literárias, das associações de pais e mestres, bem como daqueles cidadãos que promovem, organizam, coordenam ou participam dos eventos culturais com o nítido intento de formação do Leitor.