Autor: Ademir Luiz

O suicídio assistido de Godard é uma metáfora para a morte do Ocidente Foto / Denis Makarenko

O suicídio assistido de Godard é uma metáfora para a morte do Ocidente

A morte do cineasta Jean-Luc Godard, aos 91 anos, por suicídio assistido representa uma metáfora perfeita para o destino do Ocidente. Segundo familiares, “ele não estava doente, estava simplesmente exausto”. Quem poderia dizer que esse não foi um fechamento perfeito para sua vida e obra, quase que uma performance artística final, um manifesto estético e político final? Seu trabalho sempre questionou os padrões civilizacionais estabelecidos. Neste momento em que o Ocidente, e a França de modo particular, questiona cada vez mais seus valores, a opção de partida de Godard é sintomática.

50 anos de Secos & Molhados, a banda genial que só durou um verão

50 anos de Secos & Molhados, a banda genial que só durou um verão

Muito tempo antes de Didi Mocó fazer sua célebre imitação do genial homem com H Ney Matogrosso, existiu uma banda que revolucionou a música brasileira. Na verdade, a banda ainda existe; discretamente, mas existe. No início da década de 1970, o Secos & Molhados, com seu nome de placa de empório de cidade pequena, conseguiu a façanha de passar de um conjunto udigrude performático experimental da noite paulistana para um imenso sucesso popular.

A despedida de Miguel Sanches Neto e sua receita para um conto perfeito

A despedida de Miguel Sanches Neto e sua receita para um conto perfeito

Depois de décadas de intensa atuação, Miguel Sanches Neto decidiu se retirar no debate público. Não vai mais participar de debates, eventos literários ou publicar livros, exceto dois romances já escritos que serão lançados no final de 2022 e início de 2023. Os motivos foram elencados na oficina. Trata-se de uma decisão pessoal, amadurecida longamente, que passa pela patrulha ideológica que torna quase impossível o livre exercício da criação estética chegando até a generosidade de abrir caminho para os representantes das novas gerações.

10 melhores filmes da Marvel Shutterstock

10 melhores filmes da Marvel

O universo cinematográfico da Marvel (MCU) já entrou para História. Nunca houve nada parecido. São dezenas de filmes, séries e curtas-metragens integrados em uma única grande e coesa, na medida do possível, narrativa. Certamente nem tudo é bom. Na maioria são obras mediadas e alguns são muito ruins, mas o conjunto possui um peso tão grande que dilui esses elos mais fracos.

Leiam Philip Roth, J. M. Coetzee e Michel Houellebecq antes que queimem seus livros Volodymyr Muliar / Dreamstime

Leiam Philip Roth, J. M. Coetzee e Michel Houellebecq antes que queimem seus livros

O que os escritores Philip Roth, J. M. Coetzee e Michel Houellebecq possuem em comum? Um americano, um sul-africano e um francês. Talvez muito, talvez pouco, mas uma coisa é certa: os três desnudaram a decadência do Ocidente em seus livros. Particularmente nos romances “Partículas Elementares”, que Houellebecq publicou em 1998, “Desonra”, que Coetzee publicou em 1999, e “A Marca Humana”, que Roth publicou em 2000.