Indicado a 14 Oscars e vencedor de 6, filme que consagrou Tom Hanks está de volta à Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Indicado a 14 Oscars e vencedor de 6, filme que consagrou Tom Hanks está de volta à Netflix

Um dos maiores cineastas norte-americanos da atualidade, Robert Zemeckis é o nome por trás de “De Volta para o Futuro”, “Contato” e, claro, “Forrest Gump: O Contador de Histórias”. Uma das mais famosas histórias do cinema, o último filme, protagonizado por Tom Hanks, foi indicado em 14 categorias da Academia e levou para casa nada menos que seis estatuetas do Oscar, incluindo de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Diretor e Melhor Ator.

Uma narrativa comovente, e por vezes hilária, o roteiro baseado no livro de Winston Groom, publicado em 1986, conta a vida de Forrest Gump (Hanks), um homem nascido no Alabama e com baixo quociente intelectual. Sentado em um ponto de ônibus, ele decide contar sua história de vida, começando da infância até aquele momento. Com muitas experiências na bagagem, as “lições” que ensina através de fatos por ele vivenciados nem sempre fazem sentido, mas dão tom cômico à narrativa.

No entanto, de um modo geral, a história de Forrest nos prova que não podemos subestimar as pessoas. Embora não seja muito inteligente, Forrest tem talentos incríveis e uma resistência hercúlea. Vítima da poliomielite, que teve seu pico na década de 1950, época em que a infância de Forrest é ambientada, ele conseguiu vencer as limitações de seu próprio corpo e se tornar, na juventude, um jogador de futebol americano, ir para a guerra e virar um corredor recordista. Subestimado por muitos, Forrest se forma na universidade, conhece o presidente John F. Kennedy e se torna combatente no Vietnã. São tantas as situações históricas vividas pelo personagem, que exigiu da equipe técnica do filme uma boa dose de efeitos visuais inovadores, que conseguiram inserir Tom Hanks digitalmente em imagens de arquivos. Pelo trabalho primoroso realizado neste filme, o longa-metragem também levou o Oscar de Efeitos Especiais.

A cena em que Forrest decide atravessar os Estados Unidos correndo, que criou uma das sequências mais engraçadas do filme, levou bastante tempo para ser concluída e necessitou de um planejamento coordenado e muitos recursos. A sequência foi capturada em épocas diferentes do ano para pegar as transformações físicas de Forrest, além de ter sido executada em locais diferentes, que incluíam estradas rurais, cidades, além de cenas dentro dos estúdios.

Outro cuidado da produção foi com a escolha das canções para a trilha sonora. Uma coletânea de músicas conhecidas dos anos 1950 a 1980 foram selecionadas a dedo para criar a atmosfera de cada período diferente retratado ao longo do filme.

Com um orçamento modesto de 55 milhões de dólares, o longa-metragem se tornou um verdadeiro fenômeno de sua época, levando cerca de 100 milhões de pessoas às salas de cinema e levando-o a arrecadar nas bilheterias aproximadamente 678 milhões de dólares. O curioso disso é que durante as gravações, foram necessários cortes de orçamento, levando tanto o diretor, Robert Zemeckis, quanto o próprio Tom Hanks, a abrir mão de parte de seus cachês. No entanto, o acordo substituiu os honorários deles por percentuais de bilheterias, levando Hanks a lucrar acima do que receberia, cerca de 40 milhões de dólares à época.


Filme: Forrest Gump: O Contador de Histórias
Direção: Robert Zemeckis
Ano: 1994
Gênero: Drama/Romance/Comédia
Nota: 10