O filme leve e divertido, no Prime Video, que vai deixar seu fim de semana mais desacelerado Divulgação / Paramount Pictures

O filme leve e divertido, no Prime Video, que vai deixar seu fim de semana mais desacelerado

Depois de 23 anos do primeiro filme, “Jovens Loucos e Rebeldes”, de 1993, o premiado cineasta Richard Linklater decidiu retomar a visão da juventude norte-americana, agora na década de 1980. Em “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes”, de 2016, ele acompanha um grupo de amigos formados por jogadores de um time de beisebol de uma universidade. De alguma forma, o cineasta diz encaixar entre as duas produções “Boyhood: Da Infância à Juventude”, de 2014, um drama que acompanha a vida do menino Mason ao longo de 12 anos.

Mas “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes” tem uma pegada diferente de “Boyhood” porque tem uma visão mais cômica da vida e do amadurecimento, acompanhando as inconsequências de jovens que acabaram de sair de casa e estão, pela primeira vez, vivendo sem a supervisão dos pais. Então, este grupo quer aproveitar tudo que nunca fizeram antes: sexo, bebidas e drogas.

Em todos os seus filmes, a característica primordial de Linklater é a nostalgia. Há sempre uma visão romantizada do passado, propiciando aos espectadores a sensação de que tudo era melhor antes. Em muitas de suas histórias, o cineasta se inspira em eventos ou fatos de sua própria vida para criar novas narrativas. Linklater, que jogou beisebol na escola, se recorda de como os garotos eram competitivos e faziam de tudo para se mostrar habilidosos e superiores. Além disso, a casa da fraternidade mostrada em “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes” é a mesma onde ele próprio morou durante seus anos na Sam Houston State University.

No enredo, Jake (Blake Jenner) é um jogador de beisebol e calouro na universidade que se muda para a casa da fraternidade onde faz amizade com outros jogadores, como o competitivo McReynolds (Tyler Hoechlin), o maconheiro Willoughby (Wyatt Russell), o conquistador Finnegan (Glen Powell), o disciplinado Beuter (Will Brittain) dentre outros. O filme explora as aventuras e desventuras do grupo, seja buscando confusão na danceteria Sound Machine ou coreografando canções de caubói no clube Guaranteed Wholesome.

Todo o filme se passa no fim de semana que antecede o início das aulas e acompanha o grupo em um monte de festas e confusões, levando, até mesmo, o protagonista, Jake, a se apaixonar por uma garota nerd, Beverly (Zoey Deutch). Para inserir o grupo no contexto dos anos 1980, Richard Linklater levou todo o elenco para sua fazenda, onde os hospedou em um dormitório feito para amigos passarem a noite durante festas que ele realiza por lá. O cineasta, então, fez um intensivo com o elenco, com aulas de dança no estilo discoteca e sessões de filmes da época. Os atores também foram proibidos de levarem seus aparelhos celulares, já que naqueles tempos eles não existiam.

Mesmo com 5 indicações ao Oscar e filmes de enorme sucesso no currículo, como a franquia de “Antes do Amanhecer”, “Escola de Rock”, “Boyhood”, “Apollo 10 e Meio: Aventura na Era Espacial” e “Assassino por Acaso”, Richard Linklater explica que ainda não é fácil conseguir financiamento para seus filmes. “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes”, que está no Prime Video, foi feito com apenas 10 milhões de dólares, considerado baixo orçamento para os padrões hollywoodianos.


Filme: Jovens, Loucos e Mais Rebeldes
Direção: Richard Linklater
Ano: 2016
Gênero: Comédia
Nota: 8/10