Ideias

Ayrton Senna: por que queremos mitos e heróis?

“Herói de nada, cometia erros. Herói é gente que vive com salário-mínimo.” Foi o que disseram. Iconoclastia anda na moda. Mas é bom lembrar que pastores já quebraram santas em rede nacional — e alguns acharam ruim, outros nem tanto; e fanáticos vandalizaram terreiros de candomblé, quando alguns — alguns que não estavam entre os alguns ali acima — acharam péssimo e outros se calaram.

Um velho em Buenos Aires

Um velho em Buenos Aires

Ele pediu dois alfajores para, depois, sentar-se na esquina de uma agradável rua arborizada. Foi quando percebeu uma linda moça passando, morena, de andar que impunha lentidão aos relógios e à visão. Vestida de modo fino e vanguardista, seus cabelos negros denunciavam, assim como os seus olhos, traços de origem mediterrânea, misturados com alguma escapadela de uma avó ou avô.

Num país de maricas, onde o choro e o mimimi são intermináveis, o que são 270 mil mortes?

Num país de maricas, onde o choro e o mimimi são intermináveis, o que são 270 mil mortes?

Segundo a presidencial voz da razão, o resultado final da pandemia não chegaria a 800 óbitos — muito abaixo dos números do H1N1. O pânico seria uma maneira covarde de encarar o vírus letal. Afinal, quem está na chuva tem mais é que se molhar. Num país de maricas, onde o choro e o mimimi são intermináveis, nada mais justo do que mitificar um ser humano que enaltece a ditadura e se preocupa em aumentar o número de armas, mas não se compadece com os milhares de mortos a cada dia.

Terraplanismo e pensamento conservador

Terraplanismo e pensamento conservador

Apesar da ampla audiência em sociedades tradicionais como a brasileira, o terraplanismo é frágil diante de um fato incontestável: a perpétua metamorfose da realidade em outra coisa. A mudança é inerente a tudo o que existe na Natureza (incluindo o homem), e culpar a cultura — pretensamente “globalista” — de subverter crenças é inútil.