Ideias

A arte brasileira é tão boa quanto a de qualquer outro país Encontro (1924), de Lasar Segall

A arte brasileira é tão boa quanto a de qualquer outro país

Mas afinal: a arte de alguns países é melhor do que a arte de outros? O que parece ser uma pergunta tola pode revelar muito sobre a maneira com que os mecanismos ideológicos do circuito cultural funcionam, e para tais circuitos a resposta implícita em seu modus operandi é sim. Sabemos de antemão que, como em outros casos, pretende-se que haja uma arte de centro e uma arte de periferia.

‘Eduardo e Mônica’ e o sentimento do mundo nos anos 1980

‘Eduardo e Mônica’ e o sentimento do mundo nos anos 1980

As canções do grupo Legião Urbana são um bom convite para meditar sobre a passagem do tempo. Mais precisamente, é um estímulo a pensar sobre o que foi aquele momento particular da abertura política do Brasil (virada para os anos 1980) e o novo sentimento dos jovens. Virou lugar comum chamar o período de década perdida, por conta da crise econômica.

‘Não Olhe para Cima’ retoma a questão filosófica da espera

‘Não Olhe para Cima’ retoma a questão filosófica da espera

O anúncio de um cometa a caminho do planeta Terra é o estopim do filme “Não Olhe para Cima”, lançado pela Netflix na virada de 2021 para 2022. De novo, mais uma narrativa (cinema, literatura) coloca o tema da espera no centro da trama. Protagonistas-cientistas lutam para convencer a humanidade de que começara uma conta regressiva para o fim do mundo.

O que restou da Semana de Arte Moderna de 1922

O que restou da Semana de Arte Moderna de 1922

O Brasil de hoje e que celebra o agronegócio é parecido com o Brasil da Velha República, antes de 1930. É a morte do modernismo, com imobilismo social e irrelevância perante o mundo. Antes era o café, hoje temos soja e carne bovina. A indústria definhou. Fato é que não se faz um país moderno só com isso — e muito menos sem cultura.

A arte segundo comunistas e fascistas

A arte segundo comunistas e fascistas

O comunista Vladimir Kemenov, o nazista Adolf Hitler e um deputado norte-americano (este em 1949) acusaram publicamente a arte moderna de ser degenerada. Segundo Kemenov aquela profusão de ismos — cubismo, surrealismo, dadaísmo, futurismo — servia à burguesia decadente; segundo George A. Dondero ela servia aos comunistas, e segundo o Führer essa mesma arte servia a judeus e bolcheviques, ao mesmo tempo em que era produto da orfandade étnica.