Aos pais que se foram

Aos pais que se foram

Sempre haverá sensação de escassez quando há amor. Porque amor é sinônimo de abundância na presença, mas de incompletude na saudade. E é esse amor que faz as milhares de risadas parecem poucas, as centenas de jantares parecem insuficientes, as dezenas de domingos em agosto parecem apenas um pequeno trailer de um filme que merecia as horas de todos os longas já produzidos desde a invenção do cinema.

Os 4 melhores filmes da atualidade na Netflix, lançados em 2022, para ver agora Giles Keyte / Netflix

Os 4 melhores filmes da atualidade na Netflix, lançados em 2022, para ver agora

Tendo como referências os rankings do Metacritic, IMDb e Rotten Tomatoes, a Revista Bula fez uma seleção com os melhores filmes lançados pela Netflix em 2022. Todos os selecionados aparecem entre os primeiros dos rankings, tanto nas avalições dos críticos como do público. Os títulos disponíveis na Netflix estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.

Do original ausente, sou

Do original ausente, sou

“As Coisas de que não me Lembro, Sou”, de Jacques Fux, me faz lembrar de coisas que não me lembro e que você também não vai se lembrar. O momento em que nasci, da primeira palavra dita, do toque no corpo nu, da boca sem dentes, do primeiro grito de reprovação recebido; quando comecei a ler, a escrever ou a primeira vez que vi de perto a loucura dos outros e a minha. E a loucura do amor? “Não me lembro do amor, mas era só isso que vivia.”

Filme com Nicole Kidman e Sean Penn na Netflix vai te deixar sem fôlego e roendo as unhas por 123 minutos Phil Bray / Universal Studios

Filme com Nicole Kidman e Sean Penn na Netflix vai te deixar sem fôlego e roendo as unhas por 123 minutos

O descompasso entre realidade e sonho, tão comum entre os privilegiados frequentadores das Nações Unidas, torna-se mais evidente quando a personagem-título de “A Intérprete” flagra uma conversa nada amistosa, provocando a desconfiança de um policial sobre sua figura insuspeita. No último trabalho de uma carreira de quase cinco décadas, Sydney Pollack (1934-2008) presenteia o espectador com um grande filme, em que tudo a que se assiste faz questão de ter diversos pontos de vista.