A obra-prima ganhadora de dois Oscars, com Ryan Gosling, que está na Netflix
Lançado em 2017, “Blade Runner 2049” surge como um eco desesperadamente contemporâneo, mantendo-se fiel às raízes que o inspiraram. A singularidade desse filme de Denis Villeneuve, que chega às telas 35 anos após o revolucionário “Blade Runner” de Ridley Scott em 1982, reside na sua capacidade de se inserir no contexto sociopolítico de seu tempo. Ao fazer isso, ele ganha vida própria, como se seu antecessor perdesse parte de sua relevância, embora isso esteja longe de ser o caso. O respeito mútuo entre Villeneuve, um dos cineastas mais sofisticados da atualidade, e Scott, o mestre por trás do filme original, é evidente. Ambos reconhecem que as obras culturais estão sujeitas a evoluções e ajustes ao longo do tempo.