A comédia romântica doce e delicada, na Netflix, que vai deixar seu coração quentinho Divulgação / Northern Lights Films

A comédia romântica doce e delicada, na Netflix, que vai deixar seu coração quentinho

Aos 70 anos de idade, muita gente pensa que a vida já atravessou todas as fases da vida e que não há nada de novo a ser descoberto, visto ou vivido. Nessa idade, a maioria das pessoas já se casaram, criaram seus filhos, tiveram uma carreira e agora estão aposentados. Muitos não acreditam que possam se apaixonar, descobrir novos hobbies, talentos e vocações.

A verdade é que cada vez mais nos livramos da ideia de que envelhecer é negativo. Sem dúvidas, envelhecer é perder a juventude, mas de forma alguma significa perder o valor, a capacidade. Se a juventude nos oferece tantas dúvidas e inseguranças, a velhice nos ajuda a encontrar maturidade e autoconfiança. Não precisamos mais nos provar para ninguém, porque sabemos do nosso valor.

Em “Reaprendendo a Amar” conhecemos a história de Carol Petersen (Blythe Danner), uma viúva que mora em uma edícula e passa a maior parte de seu tempo assistindo televisão. Sua filha, Katherine (Malin Akerman), mora distante. Sem família, ela curte a companhia ao lado do cachorro e bebendo vinho.

Até que uma ratazana a faz dormir de fora da própria casa. No dia seguinte, o limpador de piscinas, Loyd (Martin Starr), a encontra dormindo no jardim e pensa que ela está morta. Depois de um susto, ele se desculpa e ela pede ajuda para capturar o pequeno invasor.  Depois de uma investigação, Lloyd dá o veredito: o rato está desaparecido.

Insegura em ser colega de quarto de uma enorme ratazana preta, Carol chama um profissional que espalha armadilhas pela casa.

Surpreendentemente, Lloyd se aproxima de Carol. Ele é um jovem sem muitas perspectivas de futuro, despreocupado e que voltou para a casa da mãe para cuidar dela enquanto ela supera um problema de saúde. Ele convida Carol para o karaokê, os dois saem, bebem drinks e se divertem. Um romance paira no ar, embora exista uma diferença significativa de idades.

No entanto, Carol também conhece Bill (Sam Elliott) em uma farmácia. Charmoso e adorável, ele logo se aproxima dela e os dois fazem programas deliciosos como almoçar em um iate. Eles passam a noite juntos e ficam cada vez mais íntimos, fazendo Carol redescobrir sentimentos e emoções que ela acreditava há muito tempo estar enterrados.

No entanto, a vida pode sempre lançar cartas novas, surpreender, fazer com que a gente se sinta completamente fora de controle. “Reaprendendo a Amar” é um filme bastante delicado e atendioso, dirigido e coescrito por Brett Haley, nos fazendo refletir que enquanto estamos vivos, há vida fluindo. Ela se renova sempre e não há nada que saibamos demais. Sempre podemos aprender novas lições, descobrir novas emoções.

As atuações extraordinárias de Blythe Danner e Sam Elliott são incansáveis e a química entre eles é palpável. Um filme para guardar no coração e reequilibrar nossas emoções.


Filme: Reaprendendo a Amar
Direção: Brett Hanley
Ano: 2015
Gênero: Comédia/Drama/Romance
Nota: 8/10