A melhor canção-tema dos filmes de 007 em todos os tempos

A melhor canção-tema dos filmes de 007 em todos os tempos

A maioria das pessoas têm o péssimo hábito de aumentar as coisas. Isso quando não inventam histórias que nunca aconteceram. Fofoqueiros são terríveis, vocês sabem. Pois é. Dizem por aí que o equipamento usado pelo Rei da Picanha para gravar um papo imoral que tivera com o Presidente da República é ridículo, um artefatozinho mixuruca de péssima qualidade técnica, um produto mequetrefe Made in China, provavelmente, comprado sem nota fiscal numa feira de importados, dentre as inúmeras que existem a sonegar impostos Brasil afora. Milionários adoram levar vantagem e pechinchar. Por isso, são milionários. Alguns ficam ricos porque são uns filhos-da-puta. Mas isso é outro caso. Aliás, caso de polícia. A maioria dos endinheirados é mão-de-vaca. Eu diria que se trata do estado da arte em matéria de mesquinharia.

O ato em si foi de graduada patifaria. É preciso admitir que o sujeito teve muito sangue frio ao grampear o mandatário maior da país. Foi de cair o queixo. O bizarro, impensável e atrevido episódio de espionagem amadora que chocou a nação me remeteu a Bond, James Bond. A analogia aflorou de supetão, provavelmente, por causa da morte de Roger Moore, que também aconteceu nesta semana. Moore foi o ator que mais vezes encarnou o personagem do Agente Secreto 007, desde o início da saga nos anos 1960.

Sou cinéfilo; não, sifilítico. Porém, nunca fui um especialista em filmes de espionagem, tais como os de 007, mas, mesmo assim, gostava de assistir e digo que Roger Moore foi o meu espião predileto. Deve ser por causa do sarcasmo e do humor negro que ele impingia ao papel, características que eu suponha também possuir. Aquele roteiro manjado do espião charmoso, irresistível, que traçava beldades inimigas ou aliadas, era uma coisa que me interessava em particular, embora eu tivesse na covardia inata uma das minhas marcas registradas. Fazer o quê? Nem sempre a vida imita a arte.

Sempre que morre um artista que eu admiro, fico uns dias macambúzio. Aproveitei a melancolia da hora para ouvir de novo a trilha sonora dos filmes de 007. Constatei que todas as canções de abertura, simplesmente, todas elas são ótimas. Pensei: Será possível escolher “a melhor”? Tarefa árdua. Mas não sou chuchu pra ficar em cima do muro. Então, voto na palpitante “Live And Let Die”, composta pelo igualmente notável Paul McCartney e sua amada ex-esposa Linda. Mesmices de um beatlemaníaco, eu assumo.

Além de ser humano, ridículo, limitado, de usar só 10% da minha cabeça animal e ser fã de Raul Seixas, sou também curioso pra burro. Convenci o meu editor na Revista Bula a fazermos uma pesquisa com os nossos leitores, a maioria deles feliz, limpinha, educada, com dentição completa e detentora de exímio bom gosto e humor apurado, a fim de eleger qual é “A melhor canção-tema dos filmes de 007 em todos os tempos”.

Houve uma rajada de tiros, ou melhor, de votos. A corrida foi cabeça-a-cabeça, dentre cinco canções muito citadas. Já que não dá pra eu me divertir um pouco explodindo o Congresso Nacional, nem mesmo de brincadeirinha, nem mesmo se fosse James Bond em “007 Contra os Traidores da Pátria”, recomendo que ouçam, relembrem, apreciem as cinco melhores canções de abertura dos filmes, de acordo com os leitores da Revista Bula. A lista segue em ordem crescente. A melhor de todas surge no final. Confiram depressa, pois essa mensagem vai se autodestruir em 5, 4, 3, 2, 1… bummm!!!