Livros

O eterno retorno de Michel Houellebecq

O eterno retorno de Michel Houellebecq

O homem absurdo, então, seria o sujeito que enfrenta esse confronto conscientemente, sem a necessidade de recorrer a um “salto”, isto é, a um deus — aqui, Camus se afasta de filósofos existencialistas como Kierkegaard, para quem deus representaria a própria absurdidade — e, sobretudo, o faz sem nenhuma esperança. É, assim, um homem que experimenta o que esta vida tem a oferecer, sabendo, desde o princípio, que ela é uma causa perdida.

Bula de Livro: O Náufrago, de Thomas Bernhard

Bula de Livro: O Náufrago, de Thomas Bernhard

Mais do que se apoiar em um enredo, “O Náufrago” se sustenta numa situação exaustivamente examinada sob diversos ângulos. Um antigo colega de conservatório de música cometeu suicídio. O suicida, chamado Wertheimer, estava destinado a ser um dos grandes pianistas do século 20. De fato, tornou-se um intérprete respeitado, mas aquém das expectativas.

Bula de Livro: A Corneta, de Leonora Carrington

Bula de Livro: A Corneta, de Leonora Carrington

“A Corneta” conta a história de Marian Leatherby uma idosa que, aos noventa e dois anos, se vê obrigada, pela nora e o filho, a morar em um asilo. O mais curioso é que exceto pelo fato de escutar muito mal, não ter dentes e o esqueleto um pouco torto, Marian parece ter mente e disposição de uma jovem. Inclusive é extrovertida e, até certo ponto, ingênua.

10 atitudes típicas de um viciado em livros

10 atitudes típicas de um viciado em livros

Dizem que a internet está prestes a aniquilar os livros físicos. Mas, espere! A realidade é que o número de fanáticos por livros está aumentando exponencialmente. Parece que o fascínio literário provoca sintomas parecidos com os de uma abstinência de café superdimensionada. Aqui está uma lista bem-humorada e (pasme!) fundamentada na realidade sobre dez hábitos típicos dos verdadeiros bibliófilos.

Milan Kundera: o esquecimento é uma forma de morte

Milan Kundera: o esquecimento é uma forma de morte

Milan Kundera (1929-2023) é um escritor poderoso, mas a fama, que não cultivava, parece tê-lo prejudicado de alguma maneira. Se tivesse se tornado um escritor cult, de nichos culturais, talvez a Academia Sueca tivesse lhe concedido o Prêmio Nobel de Literatura. “A Insustentável Leveza do Ser”, um romance magnífico, o pôs na crista da onda. Ganhou dinheiro, o livro foi adaptado para o cinema, com sucesso. Mas talvez não lhe tenha dado respeitabilidade.