Autor: Carlos Willian Leite

Os 100 melhores livros de todos os tempos

Os 100 melhores livros de todos os tempos

A Revista Bula compilou uma lista com os 100 melhores livros de todos os tempos, conforme classificados pelo site “The Greatest Books”. A seleção foi elaborada a partir da análise de 130 outras listas dedicadas às obras marcantes da literatura. Para a ordenação dos títulos, foi utilizado um algoritmo específico, com foco nos títulos que se destacavam na maioria das listas.

O Mestre de Petersburgo, de J. M. Coetzee

O Mestre de Petersburgo, de J. M. Coetzee

O livro narra um encontro imaginário entre Fiódor Dostoiévski e o radical Serguei Nietcháiev, personagem anarquista que inspirou “Os Demônios”. O ano é 1869, e a atmosfera de São Petersburgo está carregada de tensão. Recém-chegado à cidade, Dostoiévski depara-se com a morte enigmática de seu enteado, Pável. Embora a versão oficial aponte para um suicídio, a descoberta de uma lista com nomes destinados à morte no quarto do jovem levanta suspeitas de seus possíveis vínculos com círculos anarquistas.

Cidades da Planície, de Cormac McCarthy

Cidades da Planície, de Cormac McCarthy

Ambientado nos primeiros anos após a Segunda Guerra Mundial, o enredo nos transporta para as vastas e inóspitas terras ao longo da fronteira entre o México e os Estados Unidos. Cole e Parham trabalham numa rústica fazenda de cavalos. O lugar torna-se o palco de uma das narrativas mais melancólicas da literatura americana. A vastidão e a beleza da paisagem, descritas com riqueza de detalhes — uma das marcas de McCarthy, à semelhança do que fez em “Meridiano de Sangue” —, compõem o cenário para a sombria e inimaginável jornada dos dois protagonistas.

Ensaio Sobre o Louco por Cogumelos, de Peter Handke

Ensaio Sobre o Louco por Cogumelos, de Peter Handke

O romance-ensaio é uma reflexão paródica, um espelho que reflete não apenas a peculiar odisseia do protagonista, mas também ressoa com a trajetória pessoal de Peter Handke. Uma alegoria do processo de escrita que revela a beleza e o tormento encontrados na criação literária. O dilema perene entre o impulso incontrolável de expressão criativa e as barreiras impostas tanto pela mente do autor quanto pelas convenções sociais.

O Último Homem Branco, de Mohsin Hamid Foto / Companhia das Letras

O Último Homem Branco, de Mohsin Hamid

Ao despertar em uma manhã, Anders, originalmente de pele clara, acordou para uma realidade inesperada: sua pele havia mudado para um tom marrom escuro incontestável. Esse surpreendente despertar marca o ponto de partida de uma narrativa kafkiana, na qual a transformação física do personagem serve como catalisador para uma profunda revisão de perspectivas. A alteração em sua aparência o conduz por um caminho de descobertas, revelando aspectos da vida e da sociedade que permaneciam ocultos aos seus olhos.