12 livros que desbotariam todos os 50 tons de cinza

12 livros que desbotariam todos os 50 tons de cinza

Todo mundo só fala desses tais “Cinquenta Tons de Cinza”. Quando não é o livro é o filme. Só faltam lançar vídeo games e quadrinhos desse negócio! O pior é que, até onde sei (só folheie rapidamente os livros e vi o trailer do filme), me pareceram produtos meio-frouxos, meia-bomba. Sem pensar muito dou uma dúzia de livros que certamente fariam corar (a fã de “Crepúsculo”) E. L. James, “autora” dos romances. E nem preciso citar os mais óbvios, como o Decamerão, o Marquês de Sade, o olho de Bataille, os anais de Anaïs Nin, os trópicos de Miller ou os Budas Ditosos do “escritor ninja” João Ubaldo Ribeiro (alguém aí se lembra do ex-imortal vestido de ninja no Casseta & Planeta?). Realmente, a literatura para ser lida com uma mão só já viu dias melhores.

Ninguém é feliz o tempo todo. Ainda bem

Ninguém é feliz o tempo todo. Ainda bem

Demora, mas vem. Depois do encontro, da festa, do êxtase, das delícias em fila, dos sentimentos em fartura, da esperança vigorosa, da promessa de felicidade, do amor em seus indícios, da saudade e seus inícios, depois de tudo isso ela vem. Uma fria e descabida tristeza sempre vem.

50 tons de cinza: o amor é fogo que arde sem se ver?

50 tons de cinza: o amor é fogo que arde sem se ver?

Lia parcamente. Vivia porcamente. Não gostava de poesia. Nunca ouvira falar em Luís Vaz de Camões. Era viciado em sexo, mas, péssimo nas traições. Regra geral, algo sempre saía errado. Por exemplo: o lance da tortura erótica com uma vela de sete dias durou apenas sete minutos e foi um verdadeiro fiasco: o sujeito foi parar num pronto-socorro com queimaduras de segundo grau nos colhões. Em matéria de aventuras extraconjugais, era assíduo, mas, desajeitado.

Não basta apenas sobreviver. Para viver é preciso sonhar

Não basta apenas sobreviver. Para viver é preciso sonhar

O que seria de nós, com todos os nossos medos, incertezas e angústias, sem o reconforto que a esperança nos dá? O viver não passaria de um purgatório sem saída ou uma prisão perpétua, a sensação indefinida de respirar por aparelhos. Uma tristeza profunda acomete os desiludidos e incrédulos, essa gente que vive dia após dia na passividade e aceitação do que a vida dá em doses homeopáticas. Seres desinteressados e desanimados, indiferentes com o amanhã, são miseráveis em sua escassez de paixão, de vontade… De viver. Só quem tem esperança é capaz de sonhar. E quem sonha, seguramente, é mais feliz!

Tem livros que insistem em nos largar

Tem livros que insistem em nos largar

Tem livros que insistem em nos largar. A gente se esforça pra gostar, volta, relê, mas não adianta: o livro não vai. Quando bati o olho em “Ele Está de Volta”, de Timur Vermes (Intrínseca), foi atração imediata. Só que Timur Vermes confunde “tema” com “trama”. Hitler no século 21 é um bom tema, mas não chega a ser uma trama. E aí, como não tem uma história pra contar, o que sobra são longuíssimas observações de Adolf Hitler sobre a decadência do mundo e da Alemanha, em particular. Lá pelas tantas, você começa a suspeitar que o autor simpatiza demais com as ideias do personagem.