Filme na Netflix assistido por mais de 30 milhões de pessoas é o mais visto do momento em quase 100 países Divulgação / Netflix

Filme na Netflix assistido por mais de 30 milhões de pessoas é o mais visto do momento em quase 100 países

Não é nenhum segredo que Zack Snyder queria que sua saga “Rebel Moon” fosse uma composição da saga “Star Wars” e, por isso, inúmeras similaridades entre os filmes podem ser observadas. A influência da franquia criada por George Lucas neste último trabalho de Snyder para a Netflix é tão grande, que não nos faz deixar de pensar que falta um pouco de personalidade.

Afinal, tanto Luke Skywalker (Mark Hamill) quanto Kora (Sofia Boutella) param em locais rurais e precisam sair para se juntar à guerra. Luke quer se unir aos Rebeldes. Kora deve reunir guerreiros para defender Veldt. Além disso, Darth Vader tem o corpo reconstruído artificialmente depois de ser quase que completamente morto durante uma batalha contra o Jedi Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor).

Em “Rebel Moon”, Atticus Noble (Ed Skrein) também sobrevive graças a um corpo implantado depois que ele é quase morto similarmente a Vader durante uma batalha contra Kora no primeiro filme, “Rebel Moon — Part 1: A Menina do Fogo”. Em “Rebel Moon — Part 2: A Marcadora de Cicatrizes”, o longa-metragem dá continuidade para estes eventos. Se você não se lembra do que aconteceu no primeiro, não tem problema, a voz de Anthony Hopkins dá um breve resumo de tudo.

O grupo de guerreiros formado por Kora, Titus (Djimon Hounsou), Gunnar (Michiel Huisman), Nemesis (Bae Doona), Milius (Elise Duffy) e Tarak (Staz Nair) retornam para Veldt para defendê-la de Atticus Noble. Eles precisam ajudar os cidadãos daquele local a colher os grãos e processá-los em tempo recorde para usar seu produto para negociar a paz com o inimigo intergaláctico. Tudo acontece aqui de forma apressada, como no primeiro filme, falhando em entregar ao espectador um longa-metragem envolvente e que gera apego com os personagens, como é o caso de “Star Wars”.

No novo filme, Kora nos informa de um fato desconhecido sobre seu passado. Quando atendia por Arthelais e servia como soldado no exército dos vilões, ela foi forçada a matar a princesa Issa (Stella Grace Fitzgerald), que tinha poderes curativos. As últimas palavras de sua protegida para ela foram: “Eu te perdoo”. Em seguida, Kora teve que fugir, pois foi usada como bode expiatório do exército de vilões. Eles a acusaram de ter conspirado e assassinado a família real.

Desta vez, a maior parte do filme se passa em Veldt, na plantação de grãos. Zack Snyder poderia ter simplesmente deixado os cenários reais com mais naturalidade, mas há um exagero no CGI utilizado prejudicando a ambientação e criando algo surreal demais para parecer tão intocável como pretende ser e menos simpático e marcante quanto o verdadeiro “Star Wars”, que revolucionou a estética dos filmes de ficção científica, apesar de algumas escolhas erradas para as partes 1, 2 e 3.

Outras similaridades com a saga de George Lucas  incluem o robozinho Jimmy (Anthony Hopkis), baseado no carismático C-3PO, que por sua vez foi inspirado no androide humanoide Maschinenmensch, de “Metrópolis”. Também os nomes dos personagens que têm sonoridades semelhantes, as estruturas espaciais, que seguem a mesma lógica e a rebelião que quer combater o império.


Filme: Rebel Moon — Part 2: A Marcadora de Cicatrizes
Direção: Zack Snyder
Ano: 2024
Gênero: Ação/Aventura/Drama
Nota: 8/10