Romance épico baseado em um dos maiores clássico da literatura do século 20 está no Prime Video Divulgação / Warner Bros.

Romance épico baseado em um dos maiores clássico da literatura do século 20 está no Prime Video

O clássico romance de Gaston Leroux, “O Fantasma da Ópera”, já se transformou em filme, peça de teatro e em um musical que foi sucesso estrondoso na Broadway. A história de amor que conquistou o mundo já foi adaptada para o cinema várias vezes, mas ainda impacta aqueles que assistem o filme pela primeira vez.

Com o título original de “Le Fantôme de l’Opéra”, o romance de ficção gótica foi publicado pela primeira vez no formato de série em 1909 e em 1910 na forma de um único volume com uma história inspirada nos acontecimentos históricos da Ópera de Paris.

A versão cinematográfica de 2004, dirigida por Joel Schumacher, sem dúvida é a mais famosa e é totalmente inspirada no musical da Broadway. A peça estreou nos palcos em 1988 e ficou durante 35 anos em cartaz, encerrando seu longo período de existência há pouco mais de um ano.

A trama nos apresenta a três personagens principais: Christine Daaé (Emmy Rossum), Visconde Raoul (Patrick Wilson) e o Fantasma da Ópera (Gerard Butler). A jovem Christine faz parte do corpo de baile do teatro e logo nas primeiras cenas é incumbida de substituir a incomparável Carlotta (Minnie Driver), a prima donna — cantora principal de uma ópera.

O talento da jovem soprano encanta os ouvidos da plateia e principalmente do Visconde Raoul, um rapaz que conhece Christine desde a infância e se apaixona por sua voz doce e angelical. Antes que o romance do casal pudesse florescer, uma realidade sombria toma conta da vida de Christine: uma voz desconhecida a persegue e frequenta seus pensamentos e sonhos.

Christine acredita, inicialmente, que a voz seria de um anjo da música que seu falecido pai teria lhe enviado para ajudá-la nos estudos, já que a voz dava aulas de canto para a moça, mesmo sem nunca dizer seu nome ou mostrar seu rosto. A cantora começa a ser abduzida pela voz e é levada para seu esconderijo, localizado na parte subterrânea do teatro.

Algum tempo depois, Christine descobre que na verdade a voz misteriosa é do fantasma da ópera, uma criatura que assombra o teatro durante anos e exige que os patrocinadores do espetáculo sigam todas as suas exigências. Do contrário, ele garante que fará vingança com as próprias mãos.

Cada detalhe do suntuoso teatro da Ópera de Paris é captado pela câmera de Schumacher, marcando seu olhar atento e cuidadoso, sobretudo quando se trata de musicais. Neste caso, o diretor tem um desafio ainda maior: trazer uma nova linguagem para uma história tão consagrada no teatro.

Uma fotografia com muitos planos abertos para ressaltar a grandeza do espaço e uma direção de arte exuberante com figurinos luxuosos e cenários deslumbrantes nos introduz ao universo do teatro, que se torna mais um personagem dentro do arco principal. Além, naturalmente, da música.

É impossível não reconhecer a primeira sequência de acordes do tema principal do filme. A trilha sonora que ficou eternizada pela cultura pop é marca do trabalho de Andrew Lloyd Webber, o compositor britânico que ficou mundialmente conhecido pelas trilhas de “Cats”, “Jesus Cristo Superstar” e “O Fantasma da Ópera”.

Um deleite de números musicais fascinantes se apresenta diante dos nossos olhos por duas horas e meia, e os diálogos são abraçados por canções icônicas que costuram todo o longa. Portanto, enquanto elementos já conhecidos pelo público são apresentados, a beleza da obra está justamente em reinventar cenas famosas e fazer a câmera participar da peça de forma construtiva, trazendo planos inventivos e ressaltando detalhes que não são vistos no palco.


Filme: O Fantasma da Ópera
Direção: Joel Schumacher
Ano: 2004
Gêneros: Musical/Romance
Nota: 10