Brutal e explícito, thriller assustador que vai te fazer cobrir os olhos acaba de chegar à Netflix Divulgação / Prototype

Brutal e explícito, thriller assustador que vai te fazer cobrir os olhos acaba de chegar à Netflix

“Wer” é um thriller de terror dirigido por William Brent Bell, que também coescreveu o enredo com ajuda de Matthew Peterman. Essa produção franco-inglesa tem potencial. Um filme excêntrico, brutal e explícito, sua primeira hora desenrola uma história interessante, com montagens dinâmicas de cenas de noticiários, filmagens com câmeras caseiras e simulações de entrevistas. Tudo dá um ar bastante intrigante e realista à obra, nos conduzindo através das investigações de uma série de assassinatos macabros. O longa-metragem, lançado em 2013, foi filmado um ano antes em Bucareste, na Romênia, enquanto Bell também trabalhava em outro projeto gravado no Vaticano.

Enquanto o filme perambula entre o suspense policial e o thriller criminal, as coisas andam bem. Acompanhamos Kate Moore (A.J. Cook), uma advogada de defesa especialista em direitos humanos, designada a provar a inocência de Talan Gwynek (Brian Scott O’Connor), um homem excêntrico investigado pelo ataque brutal a uma família que acampava em uma floresta próximo da casa onde Gwynek mora com sua mãe.

Os dois são pessoas simples, que moram em terras nas quais o governo quer desapropriar para montar um lixão de resíduos nucleares. Gwynek parece uma boa pessoa, embora seja um homem recluso, tímido e incompreendido. Sua aparência é gigantesca, de cabelos sem corte e desgrenhados e aspecto sujo. A única sobrevivente da família é Claire Porter (Stephanie Lemelin), que descreve o assassino de seu marido e filho para a polícia. Por conta de seu depoimento, Gwynek é preso, suspeito do crime. Afinal, as descrições batem. Mas as marcas deixadas nos corpos das vítimas deixam muitas dúvidas se as mortes foram provocadas por um animal ou um humano.

Kate Moore está convencida que Gwynek é vítima de alguma injustiça e monta uma equipe, formada por pelo detetive Eric Sarin (Vik Sahay) e o especialista em animais Gavin Flemyng (Simon Quarterman) para apurar com detalhes os ocorridos para que possam provar a inocência do suspeito. No entanto, quando entrevistam a mãe de Gwynek, descobrem que ele possui uma doença rara e que o torna agressivo quando é noite de lua cheia.

Quando o trio chega à conclusão de que Gwynek é uma espécie de lobisomem, o enredo perde as estribeiras e se transforma em uma cópia satírica de um terror de má qualidade. O filme, que está na Netflix, divide opiniões, porque quem gosta de produções sobre lobisomens tendem a gostar. A abordagem é realmente original e menos fantástica, dando um tom mais sério e sombrio ao tema. Mesmo assim, não consegui ser convencida sobre essa criatura. Os efeitos especiais não são dos melhores e isso trabalha desfavoravelmente, embora seja claramente uma produção baixo orçamento e que tem pouca preocupação com CGI. Mas este não é o ponto. O ponto é tornar Gwynek crível o suficiente como lobisomem. Infelizmente, ainda beirou o cômico, por mais que tentasse ser um filme mais sério.

De um modo geral, o saldo é positivo. Temos um dos poucos filmes com o tema que é promissor e sombrio o suficiente.


Filme: Wer
Direção: William Brent Bell
Ano: 2013
Gênero: Terror/Suspense/Crime
Nota: 8/10