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Literatura e direitos indígenas em novo romance de Frei Betto Divulgação / freibetto.org

Literatura e direitos indígenas em novo romance de Frei Betto

“Tom Vermelho do Verde” (Rocco, 2022), oitavo romance de Frei Betto, é baseado em eventos históricos. Romances históricos costumam ter cada vez mais apelo comercial, uma vez que acumulam dupla função: a de entreter e a de informar. Além disso, o romance histórico contemporâneo propõe, na maioria das vezes, um ponto de vista periférico, isto é, uma história paralela aquela proposta pela historiografia oficial

Annie Ernaux e a ficção de si mesmo

Annie Ernaux e a ficção de si mesmo

Os jurados da Academia Sueca gostam de apontar o dedo para um autor ou autora ao anunciar o Prêmio Nobel de Literatura. É como se dissessem a cada ano: prestem a atenção nessa figura que está escrevendo e vocês deveriam ler mais. Mais do que um referendo de celebridades, a premiação emite um sinal de alerta para o mundo em convulsão, tomado de guerras civis (efetivas e simbólicas) e afogado em tecnologia. E neste ano, os holofotes miraram a escritora francesa Annie Ernaux.

O conto de fadas de Thomas Mann

O conto de fadas de Thomas Mann

“Sua Alteza Real”, segundo romance de Thomas Mann, parece estranho a qualquer um de seus leitores mais familiarizados. O criador de “Morte em Veneza” é conhecido como um autor de decadência e realismo simbólico, mestre do uso das alegorias para analisar e dar forma a um mundo doente, não apenas nas subjetividades psicológicas, mas igualmente em suas nuances sócio-históricas.

A obra-prima de Ian McEwan

A obra-prima de Ian McEwan

Ver com os próprios olhos é o suficiente para sabermos a verdade sobre um acontecimento? Talvez seja essa a questão de fundo em “Reparação”, obra do escritor inglês Ian McEwan. Quatro centenas de páginas demonstram que a resposta não é nunca tão óbvia quanto um “sim”, uma vez que a imaginação deve ser considerada; ela reage com os sentidos e influencia poderosamente nossa percepção da realidade. Outra questão implicada, tão importante, diz respeito ao inerente poder da ficção, e ambas as questões provam o quanto o termo “romance” vai muito além da compreensão vulgar.

Arthur Machen e seu labirinto de horrores elogiado por Jorge Luis Borges

Arthur Machen e seu labirinto de horrores elogiado por Jorge Luis Borges

Machen nasceu no País de Gales. Na juventude, mudou-se para Londres, onde trabalhou como jornalista, tradutor e escritor. Desde pequeno, na seleta biblioteca de seu pai, Machen desenvolveu o gosto pela leitura de obras que pendiam para temas sombrios e decadentistas de autores como as irmãs Brontë e Thomas De Quincey. Em Londres, um de seus primeiros trabalhos foi como catalogador em uma livraria, período em que Machen entrou em contato com diversos livros sobre o oculto, sobre magia e alquimia.