Perfil biográfico

Criador de Blade Runner, Philip K. Dick foi o “Shakespeare da ficção científica”

Criador de Blade Runner, Philip K. Dick foi o “Shakespeare da ficção científica”

Philip K. Dick (1928-1982) é um dos principais nomes de uma literatura vista a princípio como mero passatempo, publicada em revistas baratas nos Estados Unidos, mas que ganhou ares filosóficos por antecipar problemas pertinentes do século 21. Sua prosa também virou referência para diversos autores e conquistou a legião de fãs, por conta das adaptações para o cinema e a televisão. São dele os argumentos de “Blade Runner” (1982), “Minority Report” (2002) e da série “O Homem do Castelo Alto” (2015).

Carolina de Jesus: a história da escritora favelada que foi traduzida em 13 países

Carolina de Jesus: a história da escritora favelada que foi traduzida em 13 países

O livro “Tempo de Reportagem — Histórias Que Marcaram Época no Jornalismo Brasileiro” (Leya, 287 páginas), de Audálio Dantas, que morreu em 2018, contém verdadeiras aulas de jornalismo. Além de reportagens clássicas, típicas do jornalismo literário, mas sem a pretensão típica de Truman Capote e Tom Wolfe, há textos introdutórios sobre como foram feitas. Recomendo vivamente “A nova guerra de Canudos”, “Povo caranguejo” e “O drama da favela escrito por uma favelada”.

Carlos Drummond de Andrade, a rosa que sobreviveu ao lodo do Brasil getulista, mas feneceu com uma tragédia íntima

Carlos Drummond de Andrade, a rosa que sobreviveu ao lodo do Brasil getulista, mas feneceu com uma tragédia íntima

Iconoclasta, provocador, fomentador de escândalos, mesmo sob a capa do mineiro sossegado, pai de família amoroso, funcionário público dedicado — e artista de gênio invulgar. Tudo o que Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) parecia querer da vida é que ela fosse mesmo besta, sem maiores preocupações, apesar de se ter de estar sempre atento à rosa que teima em florescer entre as muitas pedras do caminho.

Mario Quintana, o passarinho de canto triste da poesia brasileira, nascia há 115 anos

Mario Quintana, o passarinho de canto triste da poesia brasileira, nascia há 115 anos

O que seria do mundo sem a arte? O que seria da arte sem a poesia? O que seria da poesia sem Mario Quintana? Alegrete era pequena demais para as muitas ambições do menino Mario Quintana. Tanto que ele, como passarinho que era, bateu asas e voou logo. Foi cantar, aos 13 anos, em outra gaiola: no caso, um quarto do internato do Colégio Militar de Porto Alegre. Foi nesse ambiente nada lírico que começou a nascer o poeta, ao publicar seus verdes primeiros versos no suplemento literário dos alunos da instituição.