Livros

O fenômeno Torto Arado

O fenômeno Torto Arado

O romance de Itamar Vieira Junior é um acontecimento que, de tempos em tempos, varre o mundo dos livros. É obra escrita com engenho e mão precisa. Surpreendeu o público a narrativa positiva, que aponta horizontes, em tempos negativos. A repercussão do público o transformou em fenômeno editorial, desde o lançamento em agosto de 2019.

A Festa do Bode, de Vargas Llosa: um mergulho no coração dos ditadores

A Festa do Bode, de Vargas Llosa: um mergulho no coração dos ditadores

Vargas Llosa funde biografia e ficção, talvez sua principal qualidade literária. Trata-se de um escritor muito diferente de outros grandes romancistas latino-americanos (Gabriel García Márquez, Alejo Carpentier e Miguel Ángel Asturias), expoentes do realismo mágico ou fantástico. Aqui não há nada de fantástico, apenas a realidade de todos os dias. Em um mundo ininteligível como o atual, onde tudo é “narrativa” e não se sabe mais o que é verdade e o que é fake, o gênio de Llosa adquire um brilho singular.

Depois da pandemia, silêncios e gozos

Depois da pandemia, silêncios e gozos

A experiência da Covid-19 vem estimulando a produção de livros de ficção. Duas obras chamam a atenção: “O Silêncio”, do norte-americano Don Delillo, e “O Último Gozo do Mundo”, do brasileiro Bernardo Carvalho. O tom é de distopia para mostrar a catástrofe, porém surge também a necessidade de pensar o futuro.

Agrotóxico, tratores e sertanejão: Hunter Thompson reencarna no Brasil de 2021

De um tempo pra cá — digamos, de 2018 pra cá —, eu tenho olhado as manchetes do noticiário de política e me perguntado: “O que Hunter Thompson escreveria sobre isso?” O que Hunter Thompson escreveria sobre a eleição de Jair Bolsonaro? Ou sobre Ricardo Salles? Gabinete do Ódio? Ameaças de golpe de estado? Pandemia, cloroquina, militares corruptos? De tanto pensar no que Thompson teria escrito sobre o Brasil de 2021, eu resolvi escrever no lugar dele.