Livro revela que Putin mata quem o denuncia
No país de Aleksandr Púchkin e Liev Tolstói, nos tempos de Stálin, matava-se até quem escrevia contos, como Isaac Bábel, e quem escrevia poemas, como Óssip Mandelstam. O stalinismo criou instrumentos para filtrar e fisgar quaisquer tipos de oposição. Sabe-se que Putin não é dado a leituras e, por certo, não sabe distinguir Turguêniev de Tchekhov. Mas, como Stálin, trata seus adversários, ou aqueles que avalia como adversários, como se fossem inimigos. Ao tratá-los assim, vale qualquer coisa para combatê-los. Pode mandar matá-los, como fez com o ex-espião do KGB Alexander Litvinenko (seu crime: ter se aliado a Boris Berezovsky) e, possivelmente, a jornalista Anna Politkovskaya (seu crime: denunciar os horrores russos na Chechênia).