Se for tarde demais, a gente aproveita a madrugada
Quem vive no passado anda de mãos dadas com a melancolia. Acaba por morar próximo de um vizinho carrasco, cujo nome é o ressentimento. Não há perdão nem à própria história: “aquilo que era vida”, “eu era feliz e não sabia”, “se eu tivesse feito assim, tudo teria sido diferente”. Tortura e sofreguidão, servidos na bandeja dos ressentidos! Entretanto, quem vive no amanhã é amigo próximo da ansiedade. Sempre à espera. Sempre à espreita. E toda essa agitação faz o futuro não chegar.