Todo fim é um começo, a gente só não sabe disso naquele momento
cordão umbilical cortado, o parto, a fala, o passo. Tudo é separação. A morte, a saída da casa dos pais, mudar de cidade, de país, de visual, de emprego, escolher entre o sim ou o não. Pra lá ou pra cá? Trocamos de sonho, de ideia, mudamos de casa, de plano. Tudo é despedida. Ah, quantos “adeus” são necessários para que nos tornemos gente grande? Perdi as contas de quantas vezes nessa vida eu já me despedi de mim. Nem todos os planos são infalíveis. Nem tudo é chegada ou espera. A gente vai se recortando, aparando as arestas, dando adeus aos nossos restos para dar forma a novos sonhos.