5 mapas literários para entender o ciúme
Sou um homem habituado às obsessões literárias, pequenas inquietações que crescem em mim como manchas de umidade na parede, lentas, persistentes, inevitáveis. Algumas surgem cedo, outras aguardam pacientemente até que a vida as torne inevitáveis. O ciúme não era uma delas. Nunca me interessou como tema filosófico, psicológico ou existencial. Era apenas ruído, drama barato, um desvio emocional que não merecia atenção especial. Porém, a literatura tem seus métodos, formas discretas e poderosas de prender nossa atenção. Foi assim que o ciúme me alcançou, não com gritos ou rompantes violentos, mas por meio do sussurro de histórias que revelam o mais discreto e doloroso dos tormentos: descobrir que o outro jamais foi, nem será, completamente nosso.