Uma escalada interrompida por décadas é o ponto de partida de “Broad Peak” (2022), um drama biográfico dirigido por Leszek Dawid que retrata a vida do alpinista polonês Maciej Berbeka. Após tentar sem sucesso alcançar o cume do Broad Peak, uma das montanhas mais altas do mundo, Berbeka é assombrado pelo sentimento de incompletude. Vinte e cinco anos depois, ele decide enfrentar novamente o desafio, colocando à prova sua coragem e limites físicos.

A história que Cooper revisita, sobre um artista experiente que se envolve romanticamente com uma jovem talentosa enquanto a ajuda a alcançar o estrelato, passa pelas versões anteriores de William A. Wellman, de 1937; George Cukor, de 1954; e Frank Pierson, de 1976. No entanto, Cooper consegue imprimir uma nova identidade à trama, sem perder a essência do relacionamento intenso entre os protagonistas, que continua sendo o coração pulsante da narrativa.

Inspirado na vida de Jan Adam Kaczkowski, “Padre Johnny” explora a trajetória do carismático sacerdote polonês que dedicou seus últimos anos ao cuidado de pacientes terminais, enquanto enfrentava um câncer cerebral agressivo. Dirigido por Daniel Jaroszek, o filme destaca o impacto espiritual e humano de Kaczkowski, com foco em sua relação com Patryk, um homem perdido, mas em busca de redenção, resultando em uma narrativa tocante sobre amizade e transformação.

Eddie Morra é um escritor frustrado que, após um reencontro inesperado, tem sua vida transformada por uma droga experimental que expande suas capacidades mentais ao máximo. De repente, ele se torna incrivelmente bem-sucedido, dominando o mercado financeiro e atraindo a atenção de poderosos, como o magnata Carl Van Loon. Porém, à medida que Eddie se aprofunda nesse mundo de sucesso ilimitado, descobre que há perigos ocultos e consequências inescapáveis em seu caminho.

“Felicidade É…” parece um bem-sucedido esforço de se filmar “Quadrilha”, o poeminha singelo e cheio de duras verdades sobre o amor, a paixão e as trapaças do destino publicado por Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) em “Alguma Poesia” (1930). Ao longo de 96 minutos, as sul-africanas Nthabiseng Mokoena e Naledi Ya Naledi enchem a tela de cor e movimento numa história sobre uma nova quarentona às voltas com as implacáveis paranoias do envelhecimento — muito mais cruel para com as mulheres, sem dúvida —, aos poucos se dando conta de que há lutas mais urgentes a serem combatidas.