Martin Scorsese lista 39 filmes que julga fundamentais

O cineasta Colin Levy pediu a ao diretor Martin Scorsese uma lista de filmes fundamentais, que poderiam ajudá-lo a melhorar seus trabalhos. O diretor de “Touro Indomável” listou 39 filmes. Ele optou por mencionar filmes alemães, franceses, italianos e japoneses. O jornal “Público” avalia que “o realizador parece também não ter querido que as suas escolhas abarcassem o cinema mais contemporâneo. Os filmes mais antigos da lista são ambos de 1922 — ‘Nosferatu, o Vampiro’, de F. W. Murnau, e o ‘Doutor Mabuse’, de Fritz Lang —, e o mais recente, ‘O Casamento de Maria Braun’, de R. W. Fassbinder, é de 1979”. Scorsese lista 11 filmes italianos e franceses, 10 alemães e sete japoneses. Ele lista três filmes de Jean-Luc Godard, Akira Kurosawa e Rainer Werner Fassbinder.

Grito honesto de gratidão e alegria pela vida

Grito honesto de gratidão e alegria pela vida

É simples. Nós estamos vivos! Repitam, amantes da maravilhosa e absurda aventura humana. Vivos! Chegamos até aqui e daqui seguiremos em frente. A despeito de tantos contras, a vida está a nosso favor. Em toda a sua potência, a vida acelera o passo e se multiplica mais rápido que um preconceito, mais forte que a intolerância e a covardia. Exuberante como a beleza de suas infinitas versões.

Adeus, leitores. Este é meu último texto fofinho

Adeus, leitores. Este é meu último texto fofinho

Eu também gosto da poesia de Mario Quintana, mas tenho jogado minhas bigornas aos afogados. 90% do que escrevo sou eu ali, escarrado e triste; 10% é só pausa pra descanso. Não sou santo, mas confesso não me sentir muito à vontade mentindo na pauta, na cama, no confessionário, numa batida policial, numa entrevista, nas redes sociais. Pediram-me encarecidamente que eu escrevesse uns textos mais leves, altruístas, daqueles que falam de crianças brincando no playground, de virgens passeando sem malícia com seus esvoaçantes vestidos de cambraia num campo de centeio, de homens apaixonados escrevendo poemas de amor para as amadas.

Nós e nosso eterno delírio da perfeição

Nós e nosso eterno delírio da perfeição

Ela veio de longe. Chegou caminhando firme, segura, decidida. Trazia em sua bagagem os mistérios do céu e da terra, os códigos secretos, os novos mandamentos, as fórmulas dos alquimistas reveladas. E os entregaria à primeira pessoa que se mostrasse capaz de pequenos gestos de grandeza, demonstrações simples de cuidado com o outro, meras amostras de humanidade e ternura. Era um anjo em forma de moça, enviado das altas esferas ao seio do nosso convívio terreno. Sua missão era muito simples. Polvilhar de poesia divina o nosso bolo humano crescido nas obrigações diárias, confeitado sem grandes cuidados por mãos grossas de pressa e desilusão, como em velhas e empoeiradas padarias de rodoviária.

Nossa estranha e dolorida dificuldade para o perdão

Nossa estranha e dolorida dificuldade para o perdão

É noite alta e eu ainda não preguei os olhos. Não vai. O sono não engata. Amanhã cedo tem trabalho que segue até tarde, como todos os outros dias da vida. Eu preciso dormir, mas é impossível e eu sei por quê. É que o meu coração está pesado e barulhento.Agora há pouco, meu filho de sete anos me fez algo que eu entendi como incabível. Ele me disse “cale a boca” num instante de irritação infantil, egoísta e imaturo como geralmente são as crianças. Eu dei-lhe uma bronca daquelas, gritada, irrefletida, e ele me pediu desculpas, como em geral fazem os adultos de boa vontade.