Em “Um Amor Após a Vida”, Harry Greenberger aposta num nonsense nada racional a fim de defender uma ideia decerto criativa, mas cheia de brechas lógicas, sinalizando para uma compreensão muito idiossincrásica do existir, da morte, do amor e da urgência da humanidade quanto a se pegar ao mais humano dos sentimentos para ter uma chance, por mínima que seja, de salvar-se.
Essa lista cuidadosamente elaborada abrange quase dois séculos de literatura, com obras de 10 nacionalidades diferentes. Se você leu ao menos três livros desta seleção, considere-se um super leitor. Explore tanto os clássicos, como Nikolai Gogol e Anton Tchekhov, quanto os autores contemporâneos, como María José Ferrada e Amílcar Bettega Barbosa, e descubra a diversidade e o vasto mundo da literatura.
“Julieta” insiste num dos temas favoritos de Almodóvar, o diretor espanhol mais prestigiado e relevante desde Luis Buñuel (1900-1983) e Carlos Saura (1932-2023), que por sua vez também nutriam suas obsessões. Conscientemente ou não, Almodóvar reúne em seu trabalho o caráter denunciatório de Buñuel, conhecido pelo incômodo e pela argúcia com que expunha a hipocrisia e a miséria existencial do homem. E da mulher.
Em “Palavras nas Paredes do Banheiro”, de 2020, o cineasta alemão Thor Freudenthal nos dá um olhar sensível, empático e menos estereotipado sobre a esquizofrenia. A história é inspirada no romance homônimo de Julia Walton.
A bulha mais desleal é aquela que se dá contra um morto — em favor deste, claro. A personagem-título de “Rebecca – A Mulher Inesquecível” permanece a salvo da bruma corrosiva do tempo, e a onipresente memória dessa mulher perfeita habita apenas as entrelinhas das conversas, as frestas das paredes, os monogramas das toalhas e da roupa de cama, ficando, assim, sempre muito acima do bem e do mal, incólume ainda que fustigada pelo julgamento mais severo.
