Autor: Carlos Willian Leite

Queria apagar da memória só pra poder ler de novo — 5 experiências literárias únicas

Queria apagar da memória só pra poder ler de novo — 5 experiências literárias únicas

Há livros que não se leem — atravessam. E quando terminam, algo em nós termina também, ou começa, ninguém sabe ao certo. São obras que não se esgotam em sua forma, nem na memória: elas se alojam em silêncio, contaminam os dias, espreitam os gestos mais banais. Lê-las de novo é possível, claro. Mas não é disso que se trata. O que se quer, de verdade, é uma chance absurda: perder completamente a lembrança de tê-las conhecido. E então reencontrá-las. Como quem ama pela primeira vez.

7 livros que você começa e termina no mesmo dia — e que ficam na cabeça por semanas

7 livros que você começa e termina no mesmo dia — e que ficam na cabeça por semanas

Há livros que exigem tempo. Outros que devolvem o tempo ao leitor, como se o estendessem dentro da própria linguagem. Alguns são breves, quase invisíveis, mas deixam rastros por semanas. Neste recorte estão sete obras que cabem num único dia — e, no entanto, atravessam a semana, o mês, talvez mais. São romances ou novelas que condensam intensidade, silêncio, espanto. Para quem lê com pressa, servem. Para quem lê com sede, também. O que importa aqui não é a extensão, mas o que sobra depois do ponto final.

Teste de afinidade literária: qual autor combina com você?

Teste de afinidade literária: qual autor combina com você?

Há quem leia para fugir, há quem leia para se ver. A literatura, como um espelho em movimento, nos devolve versões de nós mesmos que ainda não sabíamos nomear. Neste teste, mais do que um jogo de afinidade, propõe-se um rito íntimo: descobrir que autor clássico caminha silenciosamente ao seu lado. Pode ser aquele que escreve como quem desabafa, ou quem cria labirintos para não ter de sair da própria cabeça. Seja quem for — se for —, você vai reconhecê-lo na primeira frase.

6 livros que deixam você mentalmente descalibrado por dias (no bom sentido)

6 livros que deixam você mentalmente descalibrado por dias (no bom sentido)

Alguns livros não passam: ficam. Não porque agradam, mas porque inquietam. Têm aquele tipo de presença que, dias depois, ainda pesa no fundo da respiração. Não são leituras fáceis, nem visam conforto. São labirintos com escapatórias falsas, espelhos embaçados, ideias que surgem com um certo atraso — e quando surgem, é para virar tudo ao contrário. São livros que ferem com elegância e curam sem prometer. E o que fazem com a mente — ah, isso ninguém descreve bem. Só lendo. E depois tentando dormir. Tentando.

5 livros que foram queimados publicamente — e os motivos por trás disso

5 livros que foram queimados publicamente — e os motivos por trás disso

Queimar um livro não é apenas eliminar páginas — é tentar apagar uma voz, reescrever a memória, domesticar o pensamento. Em diferentes épocas e regimes, governos, religiões e ideologias se reuniram em torno do fogo com a pretensão de silenciar o que não podiam dominar. Mas os livros, por sorte ou ironia, quase sempre sobrevivem melhor que seus algozes. Neste conjunto, cinco obras incendiadas em público revelam, cada uma à sua maneira, o poder incômodo da palavra e a fragilidade de quem tenta contê-la.