Último dia para assistir, na Netflix, ao ganhador do Oscar, inspirado em livro que vendeu 50 milhões de exemplares Divulgação / Columbia TriStar

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“Millennium: Os Homens que não Amavam as Mulheres” se destaca como uma obra singular no cenário cinematográfico, tecendo uma trama onde o jornalismo e as transgressões de magnatas se entrecruzam em uma narrativa intensa e provocadora. David Fincher, um cineasta reconhecido por sua habilidade em renovar histórias já estabelecidas, aborda esta adaptação de Stieg Larsson com uma precisão e uma visão artística que desafiam as convenções, equilibrando elementos surpreendentes e realistas.

A personagem central, Lisbeth Salander, interpretada com uma força notável por Rooney Mara, é uma figura enigmática. Com 26 anos, sua estética gótica, marcada por piercings e tatuagens, é uma janela para sua personalidade complexa e multifacetada. Mara traz à tona a profundidade de Salander, uma hacker excepcional cuja aparência esconde uma alma inquieta e uma mente aguda. Ela desafia os estereótipos convencionais, proporcionando uma perspectiva nova sobre feminilidade e força.

O enredo se aprofunda com a entrada de Mikael Blomkvist, interpretado por Daniel Craig. Como jornalista envolto em uma teia de processos judiciais, Blomkvist representa um contraste e um complemento a Salander, formando com ela uma dupla cuja dinâmica é tão conflituosa quanto sinérgica. Craig interpreta um personagem marcado por suas próprias batalhas e imperfeições, tornando-se um aliado inesperado na jornada de Salander.

O filme transita habilmente entre momentos de tensão e de delicadeza, criando uma narrativa visual que espelha a complexidade dos personagens e da história. O trabalho de Trish Summerville em figurino e de Danilo Dixon em maquiagem adiciona camadas à atmosfera do filme, enriquecendo a trama com detalhes que se comunicam além dos diálogos.

“Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres” transcende o gênero de thriller, agindo como um microscópio sobre a condição humana e as complexidades sociais. Sob a direção habilidosa de David Fincher, o filme se torna um estudo profundo sobre a interação humana, poder e vulnerabilidade. A performance de Rooney Mara como Lisbeth Salander é um ponto alto, trazendo uma personagem cheia de camadas e contradições à vida. O contraste e a interdependência entre ela e Mikael Blomkvist, interpretado com igual competência por Daniel Craig, impulsionam a narrativa.

A estética do filme, reforçada pelos figurinos de Trish Summerville e a maquiagem de Danilo Dixon, contribui significativamente para a imersão e a intensidade da história. Em resumo, Fincher entrega uma obra que se destaca não só pela execução técnica, mas também pelo impacto duradouro que deixa em sua audiência.


Filme: Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
Direção: David Fincher
Ano: 2011
Gêneros: Thriller/Mistério
Nota: 9/10