Baseado em livro com 100 milhões de cópias vendidas, filmaço com Tom Hanks está na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

Baseado em livro com 100 milhões de cópias vendidas, filmaço com Tom Hanks está na Netflix

Há 17 anos, quando “O Código Da Vinci” foi lançado nos cinemas, o filme foi um verdadeiro fenômeno de bilheterias, emplacando o primeiro lugar entre os mais vistos e lucrando apenas na primeira semana mais de 100 milhões de dólares. A bilheteria final rendeu mais de 760 milhões. Mas o sucesso não foi só porque tem Tom Hanks como protagonista, ou porque foi dirigido pelo genial e experiente Ron Howard. Dois anos antes, o livro que inspirou o longa-metragem já fazia um sucesso estrondoso, permanecendo por 14 semanas em primeiro lugar entre os mais vendidos do The New York Times. Atualmente, a obra de Dan Brown já arrebanhou mais de 100 milhões de leitores no mundo todo.

Em 2009, três anos após o lançamento do filme, quando a rede de televisão britânica Channel Five o transmitiu em sua programação, a audiência bateu 4,1 milhões de televisores conectados. Isso é apenas uma demonstração do impacto que a história de Brown teve no mundo.  Criado em uma família extremamente religiosa, com pais que eram professores da Phillips Exeter Academy, Brown viu em seu próprio lar um ambiente propício para sua imaginação florescer. Durante a infância, seus pais estudavam quebra-cabeças, anagramas, símbolos, línguas, códigos, música e matemática. Além disso, empreendiam caçadas ao “tesouro” quando queriam presentear os filhos, o que o inspirou em sua história.

Graduado na segunda maior escola de artes dos Estados Unidos, a Amherst College, Brown fez um intercâmbio na Universidade de Sevilha, onde estudou história da arte e aprofundou seus conhecimentos em Leonardo Da Vinci, que também se tornou um elemento crucial na criação de seus livros. Foi em “Anjos e Demônios” e “Ponto de Impacto” que seu protagonista, o especialista em simbologia de Harvard Robert Langdon (interpretado por mais tarde por Tom Hanks) surgiu. Mas foi apenas em “O Código Da Vinci”, lançado três anos após o primeiro da série, em 2003, que sua carreira na literatura alavancou. O título se tornou um fenômeno mundial. Há até mesmo uma piada que diz que “O Código Da Vinci” é o livro que mais vendeu depois da Bíblia.

E embora o universo criado por Brown gire completamente em torno do cristianismo e da religião católica, o livro, e consequentemente o filme, é considerado por muitos fieis como escandaloso e infame, já que sugere diversas teorias incongruentes com o que é doutrinado nos templos por padres e pastores.

O filme segue Langdon, recrutado por um agente da inteligência francesa para ajudar a desvendar um crime. Então, ele parte para Paris para supostamente auxiliar nas descobertas sobre a morte do curador do Louvre, Jacques Saunière (Jean-Pierre Marielle). O corpo da vítima possui pistas do ocorrido. Ele também deixou um bilhete criptografado para sua neta, Sophie Neveu, criada por ele após a morte trágica dos pais dela em um acidente de carro. Mas não demora para que Langdon e Sophie se encontrem dentro de uma conspiração de uma célula secreta da Opus Dei, que está em busca do Santo Graal.

No meio das perseguições, descobertas e reviravoltas, Brown usa documentos descartados pela Igreja Católica que poderiam revelar um suposto casamento de Jesus com Maria Madalena, a existência de herdeiros de Cristo e outras teorias rechaçadas pelos cristãos. Dinâmico e rico em informações, “O Código Da Vinci” pode não ser uma fonte confiável histórica, mas é provocativo, intrigante e nos prende em uma aventura cheia de emoção e surpresas.


Filme: O Código Da Vinci
Direção: Ron Howard
Ano: 2006
Gênero: Suspense / Mistério
Nota: 8/10