O filme na Netflix que quase foi cancelado depois do protagonista sofrer acidente gravíssimo no set Divulgação / 20th Century Studios

O filme na Netflix que quase foi cancelado depois do protagonista sofrer acidente gravíssimo no set

Em algumas ocasiões, as exigências de um projeto superam as expectativas habituais de esforço. Para Dylan O’Bryan, participar de “Maze Runner: A Cura Mortal” significou pagar um preço alto. Durante a produção desse filme, o ator sofreu um acidente sério que resultou em múltiplas fraturas no rosto, iniciando uma jornada árdua de recuperação que postergou as filmagens de março de 2016 para maio de 2017. Durante esse tempo, Dylan teve que submeter-se a várias intervenções cirúrgicas para reconstruir as áreas ao redor dos olhos e das bochechas. Este período difícil induziu um estado depressivo no ator, o que o levou a se distanciar das atividades profissionais enquanto se recuperava. 

Uma parte dessa cena traumática, com o consentimento de O’Bryan, foi incorporada na versão final do filme. Nela, Thomas, o personagem interpretado por O’Bryan, tenta saltar de um carro para um trem em movimento e acaba atropelado pelo mesmo. Essa cena quase terminou em tragédia. Quando refilmada dois anos mais tarde, o diretor Wes Ball escolheu usar veículos estáticos, simulando movimento através de efeitos visuais computadorizados. Essa sequência foi uma adição que não constava no livro original, tendo sido criada especialmente para o filme. 

No filme, Thomas forma uma aliança com Newt e Frypan para desafiar a WCKD, uma organização autoritária que controla o mundo distópico onde estão inseridos. Aos espectadores que acompanham a série desde o início, reacende-se a memória de Minho, um amigo próximo de Thomas, capturado pela WCKD. Ao descobrir que Minho e outros jovens são usados em experimentos dolorosos, o grupo se lança em uma missão de resgate. 

Esses jovens são tratados como cobaias em experimentos destinados a encontrar uma cura para um vírus que transforma as pessoas em zumbis chamados Cranks. A narrativa evolui com uma série de eventos inesperados, culminando em uma perseguição em um laboratório e uma revelação sobre a cura que, embora previsível, prende a atenção do espectador. 

Sob a direção de Wes Ball e baseando-se nos livros de James Dashner, a trilogia ganha destaque pelas suas cenas de ação bem executadas, ricas em efeitos visuais e performances sólidas que elevam o nível da produção. Apesar de a trilogia estar disponível na Netflix, seu desempenho moderado nas bilheterias não impediu que a Disney, após adquirir a 20th Century Fox em 2019, visse potencial para expandir a série com novos filmes inspirados nas prequelas “Ordem de Extermínio” e “Crank Palace: A Maze Runner Novella”. 


Filme: Maze Runner: A Cura Mortal
Direção: Wes Ball
Ano: 2018
Gêneros: Ação / Ficção Científica
Nota: 8/10