Livros

Roteiro simplificado para ler Machado de Assis

Roteiro simplificado para ler Machado de Assis

Ao contrário do que se deu comigo em relação ao ficcionista Guimarães Rosa, o escritor Machado de Assis arrebatou-me vagarosamente, como quem se embriaga de um bom vinho tinto, cálice por cálice, até degustar do cerne da matéria-prima da videira, a se instaurar por uma experiência de envelhecimento em barril de carvalho do tempo da vida. tornei-me leitor deste genial criador do “Dom Casmurro”, que, no romance, à primeira vista, há de ser lido, sobretudo, por sua magnífica imperfeição, do que pelo domínio pleno do discurso narrativo intrínseco ao gênero literário.

A história da agente literária que ‘fabricou’ o sucesso de García Márquez e Vargas Llosa

A história da agente literária que ‘fabricou’ o sucesso de García Márquez e Vargas Llosa

O boom da literatura latino-americana deve muito a uma mulher, a superagente literária espanhola Carmen Balcells y Segalà (1930-2015). Com seu decisivo apoio, o colombiano Gabriel García Márquez (“Cem Anos de Solidão”) e o peruano Mario Vargas Llosa (“A Cidade e os Cachorros”), entre outros, conquistaram a Europa e, em seguida, o mundo — tanto que receberam o Prêmio Nobel de Literatura. Era tão diplomática que conseguia ser amiga dos dois inimigos figadais.

Livro reúne cartas inéditas de Graciliano Ramos

Livro reúne cartas inéditas de Graciliano Ramos

Há um pequeno diamante para o cérebro e para os sentidos circulando em livrarias: “Cartas Inéditas de Graciliano Ramos a Seus Tradutores Argentinos Benjamín de Garay e Raúl Navarro”, de Pedro Moacir Maia (1929-2008). Além das cartas, há ensaios de Pedro Moacir Maia e textos de Alberto da Costa e Silva, Carlos Drummond de Andrade, José Mindlin, Márcio Moreira Alves, Salvador Monteiro, Urania Maria Tourinho Peres, Waldir Freiras Oliveira sobre o organizador da coletânea.

A relação ‘mercenária’ de William Faulkner com o cinema

A relação ‘mercenária’ de William Faulkner com o cinema

A literatura de James Joyce, William Faulkner, Guimarães Rosa e Carlo Emilio Gadda é refratária ao cinema — dada a dificuldade em transpor para a as telas (imagem), e num tempo curto, cerca de 120 minutos, a linguagem complexa de suas escritas. Os diretores de cinema brasileiros certamente saíram-se melhor do que os adaptadores americanos. Faulkner no cinema geralmente deixa de ser Faulkner. Mas o próprio escritor encantou-se, por dinheiro (mais) ou vaidade, pelo meio cinema durante algum tempo.