“Destinos Cruzados”, com sua aura entre o nonsense e o ingênuo, resume bem a obra de Sydney Pollack, que sabia como poucos extrair o que de melhor seus atores tinham a oferecer ao público em histórias repletas de um lirismo que parece apagar-se à medida que novas linguagens se estabelecem, mas que, outrossim, reinventam-se na hora certa.
“2 Corações” é um drama romântico que mostra o encontro entre dois casais de décadas diferentes. Jorge e Leslie e Christopher e Sam. Embora cada dupla seja apaixonada e feliz, eles vivenciam experiências dolorosas de vida por conta de problemas de saúde. A morte de um deles fará com que um transplante de órgãos salve a vida de outro. Neste emocionante longa-metragem, as lágrimas não vão dar trégua.
Em “Durante a Tormenta”, o diretor espanhol Oriol Paulo doma a aridez dos mandamentos da ciência de Einstein e materializa uma ficção científica como poucas já apresentadas pelo cinema, mas a viagem no tempo é, com efeito, apenas figura de linguagem para ele. O que o diretor pretende é deter ao máximo a atenção do espectador e, para isso, oferece uma pletora de eventos inusitados ao longo do enredo.
Na era do streaming, a Netflix se consolidou como um verdadeiro baú de tesouros cinematográficos. Com uma vasta biblioteca de filmes de diversos gêneros e épocas, há sempre algo novo e emocionante para descobrir. Entretanto, entre as inúmeras possibilidades, existem aqueles filmes que são verdadeiros diamantes para o cérebro, preciosidades que não apenas entretêm, mas também desafiam a mente, provocam reflexões profundas e ampliam nossa percepção do mundo.
Percebe-se já nos primeiros minutos de “Tenet” o requinte da linguagem associado à urgência do que o diretor quer abordar, predicados que logo remetem o espectador a outros trabalhos de Nolan igualmente perturbadores, como “A Origem” (2010) e “Dunkirk” (2017), de onde toma emprestadas a obsessão por uma forma bastante sui generis de apocalipse e a narração que amalgama um cartesianismo amaciado ao caos do que se depreende das imagens.
